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PT prepara maratona para Dilma no Estado de Serra
Pré-candidata de Lula terá festa com militantes, visita a obras e programa de TV
Presidente do PT-SP diz que
ainda sonha com nome da sigla para liderar chapa no Estado, mas se reunirá com o PSB de Ciro nesta semana
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
O PT paulista e o Palácio do
Planalto abrem na próxima semana um série de eventos para
fortalecer a pré-candidatura
Dilma Rousseff no Estado governado por José Serra (PSDB),
principal nome da oposição na
sucessão do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva em 2010.
A maratona irá combinar vistorias a obras do PAC (Plano de
Aceleração do Crescimento),
festa com militantes, encontros
com movimentos sociais e programas do horário eleitoral gratuito de rádio e televisão.
Conforme cálculos feitos pelo partido, a meta é não deixar
Serra, caso ele seja candidato
ao Planalto, abrir mais de 4 milhões de votos sobre Dilma em
São Paulo, onde o próprio Lula
foi derrotado por Geraldo Alckmin (PSDB) nos dois turnos na
eleição de 2006.
A pré-candidata do PT a presidente construiu sua história
política no Rio Grande do Sul e,
mesmo dentro partido, somente agora está mais próxima do
núcleo paulista.
"É impossível pensar o resultado eleitoral sem considerar
São Paulo. A Dilma deve cumprir mais agendas no Estado,
vistoriar obras do PAC, por
exemplo", disse Edinho Silva,
presidente do PT paulista, no
lançamento do novo site do diretório estadual do partido.
No próximo dia 8, a ministra
será a estrela de uma festa do
partido na capital. A ideia é
aproximá-la da militância e
anunciar oficialmente sua pré-candidatura em São Paulo.
Quatro dias depois, o programa eleitoral gratuito e obrigatório de televisão do PT-SP
também fará um balanço das
realizações do PAC, principal
vitrine de Dilma, no Estado
-quase R$ 100 bilhões estão
previstos até o final de 2008.
Entre os alvos está o trecho
sul do Rodoanel, que contará
com R$ 1 bilhão da União e
consta da lista de principais
obras de José Serra.
A ministra também irá se
reunir com movimentos sociais
e sindicatos na capital.
Bandeirantes
Edinho Silva afirmou ontem
que nesta semana deve se reunir com o presidente do PSB-SP, Márcio França, para discutir a possibilidade de o deputado federal Ciro Gomes (CE) encabeçar uma chapa antitucanos
na disputa pelo governo.
Na semana passada, o PT-SP
aprovou uma resolução explicitando sua disposição em dialogar com os partidos aliados do
governo Lula. "Mas não vamos
entrar em uma negociação sem
o direito de apresentarmos um
nome do PT", disse ele.
Silva, no entanto, afirmou
ontem que o partido sofreu
uma nova baixa: "O senador
Aloizio Mercadante me informou que pretende disputar a
reeleição no Senado", disse.
A ex-prefeita Marta Suplicy,
melhor colocada do PT nas pesquisas, tem dito que também
não pretende concorrer ao governo. Sobram à sigla na negociação com aliados nomes de
pouca expressão eleitoral, como o do prefeito de Osasco,
Emidio de Souza, e o do ministro Fernando Haddad (Educação). O deputado Antonio Palocci, outro a derrapar nas pesquisas, aguarda ser julgado no
Supremo da acusação de ter
violado o sigilo do então caseiro
Francenildo dos Santos Costa.
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