São Paulo, terça-feira, 29 de agosto de 2006

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Outro lado

Ex-tesoureiro e ex-ministro negam esquema

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares negou, em depoimento à Polícia Federal em junho, que tivesse montado no Ministério da Saúde qualquer estratégia para arrecadar verbas para o partido. Também disse nunca ter solicitado a ex-funcionários da pasta arrecadação de fundos para campanha.
O ex-tesoureiro disse ainda ter "causado estranheza" o fato de analistas das conversas telefônicas usadas nas investigações terem chegado à conclusão de que termos como "Deo, Dê, Chefe e Delio" se referiam a ele.
Delúbio disse à PF que foi apresentado ao lobista Laerte Correa Júnior por um representante do setor farmacêutico, mas que nunca autorizou-o a falar em seu nome.
Sobre a participação de Correa Junior e outras pessoas, entre elas Luiz Cláudio Gomes da Silva, em sua festa de aniversário em 2003, Delúbio disse que a presença "ocorreu de forma espontânea", já que cada um tinha de pagar sua parte.
O ex-tesoureiro confirmou a indicação do PP para uma secretaria do ministério, mas disse que havia resistência dentro da própria pasta.
A indicação foi confirmada pelo ex-ministro Humberto Costa em seu depoimento à PF também em junho. Costa, porém, disse que teve liberdade para montar a equipe.
Costa negou que Delúbio tivesse poderes no ministério. Disse ainda desconhecer atuação de Correa Júnior em arrecadação para o PT.


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