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Outro lado
Ex-tesoureiro e ex-ministro negam esquema
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares negou, em depoimento à Polícia Federal
em junho, que tivesse montado no Ministério da Saúde
qualquer estratégia para arrecadar verbas para o partido. Também disse nunca ter
solicitado a ex-funcionários
da pasta arrecadação de fundos para campanha.
O ex-tesoureiro disse ainda ter "causado estranheza"
o fato de analistas das conversas telefônicas usadas nas
investigações terem chegado
à conclusão de que termos
como "Deo, Dê, Chefe e Delio" se referiam a ele.
Delúbio disse à PF que foi
apresentado ao lobista Laerte Correa Júnior por um representante do setor farmacêutico, mas que nunca autorizou-o a falar em seu nome.
Sobre a participação de
Correa Junior e outras pessoas, entre elas Luiz Cláudio
Gomes da Silva, em sua festa
de aniversário em 2003, Delúbio disse que a presença
"ocorreu de forma espontânea", já que cada um tinha de
pagar sua parte.
O ex-tesoureiro confirmou
a indicação do PP para uma
secretaria do ministério, mas
disse que havia resistência
dentro da própria pasta.
A indicação foi confirmada
pelo ex-ministro Humberto
Costa em seu depoimento à
PF também em junho. Costa,
porém, disse que teve liberdade para montar a equipe.
Costa negou que Delúbio
tivesse poderes no ministério. Disse ainda desconhecer
atuação de Correa Júnior em
arrecadação para o PT.
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