São Paulo, terça-feira, 29 de agosto de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA

Corrupção trava crescimento, diz Alckmin

Para tucano, escândalos políticos fazem Brasil perder investimentos porque criam clima de insegurança nas instituições

Após pressão de aliados, propaganda eleitoral do presidenciável do PSDB deve iniciar hoje nova fase, com críticas diretas a petista


JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL

Ao comentar ontem os sinais de que a economia brasileira sofreu uma desaceleração no primeiro semestre deste ano, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, vinculou o desempenho do país no setor às denúncias de corrupção contra o governo Lula.
"Enquanto a gente não tirar essa praga da corrupção, o Brasil não vai para frente", disse, em campanha na cidade de Mogi das Cruzes (Grande SP). "A corrupção espanta crédito, espanta investimento, desestimula a todos, cria um clima horrível porque não há segurança nas instituições".
Segundo o tucano, caso se confirme um resultado ruim do PIB (Produto Interno Bruto) nos primeiros seis meses deste ano, será "um sinal vermelho para o país".

Nova fase
A campanha de Alckmin deverá iniciar hoje uma nova fase, na qual os ataques no horário eleitoral ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva serão mais diretos e contundentes.
Segundo a Folha apurou, o candidato tucano decidiu antecipar ataques que estavam programados para ir ao ar na TV e no rádio somente após a primeira semana do mês que vem, quando, pelo cronograma inicial, Alckmin já estaria "credenciado" a "bater" em Lula.
A mudança atende aos anseios do PFL e de parte do PSDB, que, desde o início do horário eleitoral gratuito de rádio e televisão, pregavam uma tática de "desconstrução" da imagem de Lula.
Alckmin e o responsável pela comunicação de sua campanha, o jornalista Luiz Gonzalez, não acreditam que as críticas a Lula elevarão de imediato seus índices nas pesquisas eleitorais, mas servirão ao menos para "serenar" os aliados.
Até ontem, ainda não estava decidido se os ataques também partirão de Alckmin, mas já estava acertado que os programas, por meio de locutores, de depoimentos de eleitores e de candidatos ao Congresso, elevariam o tom das críticas. Os focos serão denúncias de corrupção, que motivaram três CPIs para investigar os aliados de Lula, e a gestão do petista.


Texto Anterior: Candidatos na Folha: Quércia inaugura hoje ciclo de sabatinas com candidatos de SP
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.