São Paulo, terça-feira, 29 de agosto de 2006 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Toda Mídia Nelson de Sá Nietzschiano
As pesquisas ecoam. Na Argentina, o "La Nación" deu página para a
"lulamania" que
"toma conta do Brasil" e contrasta com a "lulafobia"
anterior. Para economista do ABN Amro, "a lulafobia era irracional" e "hoje
o mercado já não questiona Lula".
O jornal cita desde a adesão de tucanos até Hélio Schwartsman na Folha
Online, dando Lula como "versão tupiniquim do Übermensch (super-homem)
nietzschiano _o que não me mata me fortalece".
BONNER, O VERMELHO A campanha arrefece, com as pesquisas e agora com William Bonner, de camiseta vermelha, transmitindo o "Jornal Nacional" de Pernambuco, Estado natal de Lula. Ele, também Fátima Bernardes e até mesmo o repórter Francisco José, todos surgiram vestidos de vermelho. Sobra como notícia, para as manchetes dos portais e dos sites, a curiosamente anacrônica disputa entre a Volks e o governo Lula. Ontem à noite, do Terra à Folha Online, "Governo só libera empréstimo se Volks mantiver fábrica no ABC", ou ainda, se chegar a "acordo com sindicato". BONS TEMPOS O "Financial Times" escreve hoje sobre a indústria automobilística, "Brasil busca recuperar os bons tempos". São os anos 60 e 70, de "boom". Já entre 94 e hoje, apesar do investimento das empresas, a produção esteve "muito abaixo da capacidade" e "precisa de crescimento _algo que continua a escapar ao Brasil". DESEQUILÍBRIO Ontem no "FT", o relato sobre o encontro de presidentes de bancos centrais para debater globalização destacou o "temor" de que "o crescimento não beneficie a todos". Nos países em desenvolvimento, "histórias de sucesso da globalização são mais difíceis de achar". Ex-BC, Armínio Fraga se disse "frustrado de não termos feito melhor". QUASE O México, parece, encerrou ontem a novela e elegeu o conservador Felipe Calderón _ainda que o populista Andrés López Obrador questione as instituições e ameace se declarar presidente paralelo, manchete do "La Jornada". O site do "New York Times" proclamava ontem "vitória quase certa" de Calderón. CENÁRIOS Mas o colunista Andres Oppenheimer, do "Miami Herald", vê "cenários" negativos para os EUA na região, com a possível eleição de chavistas no Equador e na Nicarágua: _ A onda populista radical perdeu muito de seu ímpeto, mas está longe de ter morrido. No melhor cenário para os EUA, Lula "é reeleito facilmente e se afasta de Chávez". Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Texto Anterior: Justiça: Uso irregular de gabinetes por deputados é investigado Próximo Texto: Presidência 1: Cristovam Buarque admite não ter chances de ganhar Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |