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Telefonema irrita Lula durante leitura de voto, no STF, contra Dirceu
LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Enquanto o presidente
Lula e três de seus ministros
estavam em evento em Ceilândia, cidade-satélite de
Brasília, o STF colocava no
banco dos réus o ex-ministro
José Dirceu. O presidente
evitou a imprensa.
E foi por volta das 11h30,
quando o ministro-relator,
Joaquim Barbosa, anunciava
seu voto favorável a que Dirceu responda a processo por
formação de quadrilha, que
Lula, conversando com um
grupo de trabalhadores do
metrô de Ceilândia, foi interrompido por um telefonema.
O presidente ficou visivelmente irritado com a conversa. Mais tarde, o Planalto
negou que o teor da conversa
fosse sobre o julgamento.
No evento, uma visita à estação do metrô de Ceilândia
que está sendo finalizada
com R$ 30 milhões do governo federal, o presidente disse
que não dá para ter "pequenez" e "hipocrisia política" e
manter o clima de disputa
eleitoral. Ele estava ao lado
dos governadores José Roberto Arruda (DEM-DF) e
Alcides Rodrigues (PP-GO),
Lula chamou o encontro
de "ato de educação democrática" e disse que os governadores sabem que "nunca
faltará um centavo" para
Brasília ou Goiás porque os
dois não pertencem ao seu
partido político. Tanto Alcides quanto Arruda apoiaram
Geraldo Alckmin (PSDB).
"Não há possibilidade da
pequenez política, da hipocrisia política para administrar um mandato de quatro
anos de um governador, de
um prefeito ou de um presidente da República", disse.
Mais cedo, Arruda, em seu
discurso, fez uma série de
elogios a Lula.
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