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Eros Grau rejeita reabertura de ações contra Sarney no STF
Decisão é em caráter provisório; relator do caso é o ministro Joaquim Barbosa, que está de licença
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
O mandado de segurança
apresentado por sete senadores no STF (Supremo Tribunal
Federal) contra o arquivamento dos processos que envolvem
o presidente do Senado, José
Sarney (PMDB-AP), foi encaminhado na noite de ontem ao
ministro Eros Grau.
A medida foi tomada com base no Regimento Interno do
Supremo, uma vez que o ministro Joaquim Barbosa, designado relator do caso, está de licença médica desde 10 de agosto.
O regimento prevê que, em
caso de ausência ou impedimento, o relator deve ser substituído pelo imediato em antiguidade. A medida deve ser
aplicada se se tratar de deliberação sobre medida urgente.
No caso de Sarney, os senadores pediram uma liminar
(decisão antecipada) para que o
STF autorize o plenário do Senado a julgar o recurso contra o
arquivamento dos processos
pelo Conselho de Ética da Casa
-que foi arquivado pela segunda vice-presidente do Senado,
Serys Slhessarenko (PT-MT).
Essa é a segunda mudança na
relatoria do caso de Sarney no
STF. Anteontem o ministro
Celso de Mello -que foi nomeado ministro do Supremo
em 1989 pelo então presidente
José Sarney- se declarou impedido de relatar o mandado
por razões de "foro íntimo".
Com a recusa, o processo foi
devolvido ao presidente da
Corte, Gilmar Mendes, que encaminhou o mandado a Joaquim Barbosa. A previsão é que
Barbosa retome suas atividades
no STF na próxima semana.
O mandado de segurança é
assinado por parte do grupo de
12 senadores que apresentaram o recurso à Mesa Diretora
do Senado contra o arquivamento. Ao negar o pedido,
Serys argumentou que a palavra final sobre os processos é do
Conselho de Ética, sem a análise do plenário, o que motivou o
novo recurso ao Supremo.
No texto encaminhado ao
Supremo, os senadores pedem
que o tribunal anule a decisão
da Mesa Diretora do Senado,
assinada por Serys, além de
permitir que o plenário da Casa
julgue o recurso.
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