São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 2000

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Petista já conta com 2º turno

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

A ascensão contínua do prefeito Beto Mansur (PPB), candidato à reeleição, levou a deputada federal Telma de Souza (PT) a abandonar a perspectiva de vitória no primeiro turno em Santos.
Abaixo, os principais trechos da entrevista que concedeu à Agência Folha na última quinta-feira em seu escritório político. (FS)

Agência Folha - As pesquisas de intenção de voto indicam que, até agora, a campanha eleitoral deste ano repete a mesma evolução de 96, quando sra. começou com larga vantagem e acabou perdendo a eleição para o atual prefeito, Beto Mansur (PPB), no segundo turno. Desta vez, a sra. tem o antídoto para evitar o mesmo desfecho?
Telma de Souza -
São duas eleições muito diferentes. Em 96, tínhamos outra correlação de forças. Vínhamos de oito anos de governos petistas, e havia falta de coesão no PT. Hoje, estamos coesos, o que nos faz muito mais fortes, e meu adversário já não tem um discurso feito só de palavras.
Ele concretizou um projeto, que está aí para ser julgado. É um projeto de superficialidades, que se limitou a colocar asfalto e a modificar o desenho de praças.

Agência Folha - A sra. acredita então que, ao apontar as deficiências do governo, vai estancar o crescimento do seu adversário?
Telma -
A eleição está polarizada. Sempre se esperou isso. Nós temos uma margem fixa de 40%, que é o meu percentual de votos petista e pessoal. Não tenho a máquina da prefeitura nem o mesmo tempo de televisão e muito menos o poder econômico que ele tem. Mesmo assim, é o nono mês em que permanecemos na frente.

Agência Folha - Embora a sra. afirme que o patamar de 40% é assegurado, a pesquisa Datafolha aponta uma estabilização das intenções de voto nos outros três candidatos. Com base nisso, não é possível concluir que o crescimento do prefeito Beto Mansur se dá justamente sobre o seu eleitorado?
Telma -
Temos pesquisas que realmente indicam uma modificação de intenção de voto na Zona Noroeste (periferia da cidade), que já estamos recuperando. Nossa militância está na rua. Nesta semana, estaremos mais atentos.

Agência Folha - No segundo turno da eleição para governador, a sra. apoiou Mário Covas contra Paulo Maluf. Agora, no provável segundo turno municipal, a sra. espera a reciprocidade do governo estadual e do PSDB?
Telma -
Acredito que essa é uma possibilidade bastante concreta. Evidentemente, o que fiz em 98, voltaria a fazer porque foi correto.

FRASE

Não tenho a máquina da prefeitura nem o mesmo tempo de televisão e muito menos o poder econômico que ele (Beto Mansur, candidato do PPB) tem. Mesmo assim, é o nono mês em que permanecemos na frente
TELMA DE SOUZA
deputada federal e candidata à Prefeitura de Santos (PT)


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