44% dos eleitores do tucano ignoram seu número

THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A três dias das eleições, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), candidato à reeleição, consolidou suas chances de vencer a disputa já no primeiro turno, segundo nova pesquisa Datafolha.
Com 74% das intenções de voto, o tucano está 62 pontos percentuais à frente de seu principal adversário, o ex-ministro dos Direitos Humanos de Lula Nilmário Miranda (PT). O petista alcançou 12% das intenções de voto.
Realizada anteontem com 1.442 eleitores em 69 cidades de Minas Gerais, a pesquisa mostra que, embora Aécio tenha mantido larga dianteira durante toda a disputa, 44% dos eleitores do tucano não sabem que número digitar na urna eletrônica para confirmar seu voto. Entre os eleitores de Nilmário, esse percentual é menor: 41%.
Em relação à pesquisa anterior, dos dias 18 e 19 deste mês, Aécio oscilou positivamente um ponto percentual, de 73% para 74% das intenções de voto. Nilmário manteve os 12%. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com o número 69.707/2006.
Segundo o Datafolha, 70% dos eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votam em Aécio, e somente 19% em Nilmário. Dos que votam em Geraldo Alckmin (PSDB) para presidente, 89% declaram voto a Aécio, enquanto 4% preferem Nilmário. Aécio também tem a preferência de 80% dos eleitores da candidata Heloísa Helena (PSOL) para a Presidência.

Estabilidade
Aécio se manteve, nas sete pesquisas que o Datafolha fez neste ano sobre a disputa pelo governo mineiro, na faixa que vai de 71% a 75% das intenções de voto. Ainda segundo o levantamento, Vanessa Portugal (PSTU) aparece com 2%. Fábio Magalhães (Prona) e Rosane Cordeiro (PCO) têm 1% do eleitorado. Luis Tibé (PT do B) não atinge 1%. Os indecisos somam 6% e os que pretendem votar em branco ou anular correspondem a 5% do total.
Em relação à última pesquisa, Aécio conquistou votos entre os eleitores mais jovens (foi de 74% para 81%), entre os eleitores com o ensino médio de escolaridade (subiu de 74% para 78%) e entre os mais ricos (de 70% para 75%).