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JUSTIÇA ELEITORAL
PF indicia empresário que disse haver grampo no TSE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A PF indiciou ontem o dono da empresa de segurança
que havia comunicado haver
grampos em telefones de ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob acusação de falsa comunicação de
crime e falsidade ideológica.
Não foram constatados
grampos -nem os aparelhos
adequados para detectá-los.
As penas a que o coronel da
reserva Ênio Fontenelle, dono da empresa Fence Consultoria Empresarial Ltda.,
pode responder vão de multa
a até três anos de prisão.
Com base em relatório da
Fence, no dia 17, o TSE tornou pública, de forma categórica, a existência de grampo em linhas telefônicas utilizadas pelo presidente do
tribunal, Marco Aurélio Mello, e pelos ministros Marcelo Ribeiro e Cesar Peluzo.
Acionada para investigar o
caso, a PF vistoriou nos dias
20 e 21 as instalações telefônicas do TSE e do STF (Supremo Tribunal Federal),
onde Marco Aurélio e Peluzo
também atuam. Concluiu
que não houve grampo, conforme indicado pela Fence.
Em entrevista à imprensa,
os peritos Getúlio Menezes
Bento e Paulo Gil Reis foram
categóricos: no mínimo, a
Fence cometeu um "erro
grosseiro". Mais do que isso,
afirmaram que, com o equipamento utilizado pela Fence (Reflectômetro no Domínio do Tempo) e, "da forma
como foi utilizado", não haveria condições técnicas de
determinar com a precisão
indicada pela empresa o local do grampo. A PF usou o
mesmo aparelho que a Fence
para fazer a perícia.
A assessoria do TSE disse
que Marco Aurélio só se pronunciará sobre o episódio
quando formalmente informado dos fatos pelo Ministério da Justiça, ao qual recorreu diante da denúncia.
"Vou aguardar a conclusão
do inquérito para poder me
pronunciar", afirmou o coronel da reserva Fontenelle.
(ANDRÉA MICHAEL)
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