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Rigotto já articula a renegociação de dívidas com a União
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
DO ENVIADO A PORTO ALEGRE
O governador eleito do Rio
Grande do Sul, Germano Rigotto
(PMDB), já começou a articular
com colegas que assumem ou
reassumem outros governos em
janeiro a renegociação das dívidas
dos Estados com a União.
Rigotto afirmou que conversou
ontem de manhã com o governador eleito em primeiro turno de
Minas Gerais, Aécio Neves
(PSDB). Trataram, contou, da articulação do bloco. Pretendem se
encontrar na próxima semana em
Brasília a fim de definir a tática
para abordar o futuro presidente,
Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ainda ontem o novo governador gaúcho, que é deputado federal, como Aécio, conversou com
seu correligionário Luiz Henrique, ganhador da eleição em Santa Catarina, sobre a negociação
com Lula. Já havia falado com
Blairo Maggi (PPS), vencedor da
eleição em Mato Grosso.
Rigotto ficou de procurar Roberto Requião (PMDB), governador eleito do Paraná, mas até as
17h de ontem não havia conseguido. O gaúcho vai procurar também Jarbas Vasconcelos (PMDB),
reeleito em Pernambuco.
O Rio Grande do Sul compromete 13% da receita líquida com
os encargos da dívida com a
União. O Estado pagou R$ 841
milhões em 2000 e R$ 969 milhões
em 2001. A reivindicação é baixar
a taxa para 8%.
""Isso é uma proposta inicial",
disse o vice-governador eleito,
Antônio Hohfeldt (PSDB). "Como a negociação tem que ser em
bloco, vamos buscar uma posição
comum dos Estados".
Rigotto disse que o Rio Grande
do Sul vai chegar ao fim deste ano
com uma dívida "de curto prazo"
de R$ 4,2 bilhões. Sua maior dificuldade no começo da gestão,
avalia, será a falta de recursos.
Ele disse acreditar que Lula será
sensível ao apelo. "Vou procurá-lo para marcar uma conversa já
para a próxima semana", disse.
Além da renegociação da dívida, Rigotto quer articular com os
novos governadores um movimento de pressão para a reforma
tributária ser aprovada no primeiro semestre de 2003. A transição para a implantação completa
de novas normas seria de três ou
quatro anos, afirmou.
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