São Paulo, sexta-feira, 29 de outubro de 2004

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Folha revelou que as imagens eram de padre

DA REDAÇÃO

No último dia 17, o jornal "Correio Braziliense" divulgou três fotos inéditas que supostamente retratariam o jornalista Vladimir Herzog, morto em 1975, em uma cela sob custódia do Exército antes de morrer.
No dia 20, a Folha revelou que jornalistas presos com Herzog em 1975 questionavam a autenticidade das fotos. Rodolfo Konder, Sérgio Gomes da Silva, Paulo Markun e Anthony de Christo apontavam discrepâncias entre os personagens.
No dia 22, a Folha revelou que os arquivos, com mais 30 fotos, indicavam que as imagens eram de um padre canadense, Leopoldo d'Astous, que viveu no Brasil até 1997. O jornal ouviu o padre no Canadá, que pertencia à ala progressista da igreja. Ele revelou que policiais o prenderam com uma freira. Os dois foram agredidos e obrigados a tirar fotos nus. Ele se reconheceu numa das fotos publicadas no dia 17.
No dia 23, a Folha publicou reportagem na qual o legisla Nelson Massini apontava indícios de que o personagem não era Herzog, com base em diferenças na massa corporal dos retratados, na calvície e na distribuição de pêlos. Três dias depois, a Folha trouxe a opinião do perito da PF Paulo Quintiliano, que também questionou a autenticidade das imagens.
Ontem, a viúva do jornalista, Clarice, viu o dossiê com a seqüência de fotos e concluiu que elas não eram de Herzog.


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