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SAIBA MAIS
Folha revelou que as imagens eram de padre
DA REDAÇÃO
No último dia 17, o jornal
"Correio Braziliense" divulgou
três fotos inéditas que supostamente retratariam o jornalista
Vladimir Herzog, morto em
1975, em uma cela sob custódia
do Exército antes de morrer.
No dia 20, a Folha revelou
que jornalistas presos com
Herzog em 1975 questionavam
a autenticidade das fotos. Rodolfo Konder, Sérgio Gomes da
Silva, Paulo Markun e Anthony
de Christo apontavam discrepâncias entre os personagens.
No dia 22, a Folha revelou
que os arquivos, com mais 30
fotos, indicavam que as imagens eram de um padre canadense, Leopoldo d'Astous, que
viveu no Brasil até 1997. O jornal ouviu o padre no Canadá,
que pertencia à ala progressista
da igreja. Ele revelou que policiais o prenderam com uma
freira. Os dois foram agredidos
e obrigados a tirar fotos nus.
Ele se reconheceu numa das fotos publicadas no dia 17.
No dia 23, a Folha publicou
reportagem na qual o legisla
Nelson Massini apontava indícios de que o personagem não
era Herzog, com base em diferenças na massa corporal dos
retratados, na calvície e na distribuição de pêlos. Três dias depois, a Folha trouxe a opinião
do perito da PF Paulo Quintiliano, que também questionou
a autenticidade das imagens.
Ontem, a viúva do jornalista,
Clarice, viu o dossiê com a seqüência de fotos e concluiu que
elas não eram de Herzog.
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