São Paulo, quinta-feira, 29 de outubro de 2009

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Painel

RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br

Direito de antena

Em documento a ser apresentado na 1ª Confecom (Conferência Nacional de Comunicação), em dezembro, CUT, Força, CGTB, CTB, Nova Central e UGT pressionam o Planalto e o Congresso pela criação de um "horário sindical gratuito", nos moldes da cadeia nacional de rádio e TV de que se beneficiam os partidos políticos. O instrumento para atingir esse objetivo já foi providenciado: um projeto de lei que chegou à Câmara na semana passada, de autoria do deputado e ex-presidente da CUT Vicentinho (PT-SP).
As centrais reivindicam ainda um canal de TV aberto e a adoção de critérios de distribuição de publicidade alheios a números de audiência e circulação.



No ar. No projeto de Vicentinho, o número de filiados define o total de inserções de cada central. Além dos spots, elas teriam direito a programa anual de dois minutos.

Pancadão. O programa do DEM que irá ao ar hoje -aquele do qual Rodrigo Maia mandou tirar imagem de José Serra- trará três frentes de ataque ao governo: a violência no Rio, o vazamento do Enem e a tentativa de recriar a CPMF. Sobrou ainda um tempo para bater no MST.

Perdas... Do presidente do PSDB, Sérgio Guerra, após um dia de conversas com os "demos": "Há 15 dias estamos nos golpeando. O foco tem de estar sobre os adversários".

...e danos. Para um dirigente do DEM, é "trapalhada" do presidente do partido, Rodrigo Maia, tentar emparedar Serra. "A única coisa que ele conseguiu foi se indispor com o nosso futuro candidato".

Quer brigar? Do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), sobre colegas petistas que divulgaram lista mostrando a contribuição da indústria de armas à sua campanha: "Recebi doações às claras, com recibo, dentro da lei. Eles, às escuras ou nas cuecas".

Comitiva. Autor do substitutivo pró-Venezuela no Mercosul, Romero Jucá (PMDB-RR) estará ao lado de Lula na visita a Hugo Chávez a partir de hoje. Em Caracas, ele celebrará acordo de cooperação entre o Estado de Roraima e o governo da Venezuela.

Na mira. A CCJ do Senado fará audiência pública sobre o TCU. Serão chamados o presidente do tribunal, Ubiratan Aguiar, o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Corra que o... Auxiliares e aliados de Lula discutiam na festa de aniversário do presidente, na noite de terça, quem discursaria em sua homenagem. O presidente do PT, Ricardo Berzoini, e o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia eram cotados para a missão.

...Gilmar vem aí. Foi quando chegou à festa o presidente do STF, Gilmar Mendes. A turma do discurso saiu em debandada. "Ele vai dizer que é campanha antecipada", explicou um convidado.

Esqueceram. A Receita até hoje não colocou a foto de Lina Vieira na galeria de ex-presidentes da principal sala de reuniões do órgão. Algoz da ministra-candidata Dilma Rousseff, Lina caiu em julho.

Imprensa. O jornalista Leão Serva assumirá na próxima terça a Direção de Redação do "Diário de S. Paulo", recém-comprado pelo empresário J. Hawilla. Serva, atualmente assessor de comunicação de Gilberto Kassab, foi secretário de Redação da Folha, além de ter dirigido o "Jornal da Tarde" e o "Lance".

Visita à Folha. Cid Gomes (PSB), governador do Ceará, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava com Bismarck Maia, secretário do Turismo, Christianne Sales, coordenadora de imprensa, Vicente Gioielli, assessor de imprensa, e Valdir Fernandes, assessor.


com SILVIO NAVARRO e LETÍCIA SANDER

Tiroteio

"Parece que Rodrigo Maia cometeu crime de lesa-pátria ao manifestar sua preferência por Aécio. Quando outros "demos" se declararam pró-Serra ninguém reclamou."

Do deputado aecista RODRIGO DE CASTRO (PSDB-MG), sobre as reações despertadas pelas críticas quase diárias do presidente do DEM ao suposto aliado José Serra.

Contraponto

Meu nome é trabalho

Em encontro ontem com representantes da OEA, o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, explicou por que perdeu sua primeira eleição:
-Na campanha eu dizia que, no meu governo, daria ao povo trabalho, trabalho e trabalho.
Zelaya contou que as pessoas aplaudiam, mas sem nenhum entusiasmo. E o resultado foi a derrota. Um consultor americano então lhe disse: "É que as pessoas não gostam de trabalhar". Diante de tal diagnóstico, ele mudou o discurso na campanha seguinte:
-Eu dizia: "No meu governo, vou trabalhar 24 horas por dia, todo segundo, todo minuto, para que vocês aproveitem a vida, tenham saúde, educação". E fui eleito!


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