São Paulo, quarta-feira, 29 de novembro de 2006

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PSDB diz que assumirá dívida de Alckmin

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O tucano Geraldo Alckmin (PSDB) declarou ontem ter deixado dívida de R$ 19,9 milhões na campanha. A direção do PSDB informou que arcará com o prejuízo.
Segundo os dados da prestação de contas enviados ontem ao Tribunal Superior Eleitoral, o comitê tucano arrecadou um montante de R$ 62 milhões ao longo da campanha. Os gastos atingiram R$ 81,9 milhões.
No entanto, ao contrário do PT, que quitou a dívida da campanha do presidente Lula, o PSDB ainda não saldou os débitos de Alckmin. Para a assessoria do TSE, isso pode levar a um imbróglio jurídico porque desrespeitaria a legislação eleitoral, que obriga que as contas estejam "zeradas" no ato da apresentação da contabilidade final.
Responsável pelas finanças da campanha tucana, Paulo Bressan disse ter outro entendimento da lei. "Não estamos apresentando artifício contábil, estamos mostrando a coisa como ela é, transparente. A dívida tem de ser quitada, mas não precisa ser agora", disse.
Ao explicar a dívida, Bressan disse que "as entradas não se concretizaram da forma planejada": "Não vamos ser ingênuos porque as dificuldades [em arrecadar] de quem ganha são menores das de quem perde". A campanha de Alckmin relatou ter gasto um montante muito superior ao declarado por José Serra em 2002. À época, Serra informou despesas de R$ 46,6 milhões (valor corrigido com a inflação). Alckmin usou R$ 81,9 milhões.


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