São Paulo, domingo, 29 de novembro de 2009

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outro lado

Deputados dizem que não havia veto a gastos

Lula Marques/Folha Imagem
Pousada em Pirenópolis, onde deputado do PTB gastou R$ 2.320

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A maioria dos deputados federais que apresentaram notas no período de festas de fim de ano disse entender que não havia vedação aos gastos, embora a regra em vigor fosse clara em limitar o reembolso unicamente às despesas de alimentação do congressista.
O deputado Takayama (PSC-PR) declarou que a apresentação da nota à Câmara foi um erro de sua assessoria e que ele vai devolver o dinheiro aos cofres públicos.
O deputado Paulo Roberto Pereira (PTB-RS) não quis se manifestar sobre o gasto na pousada de Pirenópolis. A Mesa da Câmara está analisando a possibilidade de pedir a cassação de seu mandato por outra suspeita: a de que ele se apropriou de salários de funcionários. Ele nega.
O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) disse não se lembrar do que foi adquirido na Cacau Show, mas que a compra foi feita por alguém do gabinete, e não por ele. "São centenas de notas por mês, como você vai analisar uma por uma? (...) Pode ter certeza: se houve a compra foi uma coisa que ocorreu e que era possível fazer pelas normas da Câmara."
O deputado José Mentor (PT-SP) também argumentou que, em sua visão, não havia vedação a gastos para confraternização. "Naquela ocasião, a norma permitia, tanto é que pagaram, e glosaram as bebidas, porque as bebidas não eram permitidas."
O deputado João Carlos Bacelar (PR-BA) disse que o gasto na loja de bebidas e cestas de Natal, que segundo ele foi para a contratação de um bufê, era legal. "Depois do ato [de abril, que alterou regras da verba] não pode mais pagar alimentação em Brasília. Podia antes. Isso tem custo. Você não faz um evento desses sem um bufê".
O deputado Augusto Farias (PTB-AL) não quis dar explicações sobre a conta em um restaurante peruano. "Pergunta à Câmara por que pagou a minha nota. Se está errado, [a Câmara] pagou errado. Se está certo, é porque pagou certo".
Os deputados Jofran Frejat (PR-DF) e Pedro Novais (PMDB-MA) não responderam aos questionamentos encaminhados a seus assessores.


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