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outro lado
Deputados dizem que não havia veto a gastos
Lula Marques/Folha Imagem
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Pousada em Pirenópolis, onde deputado do PTB gastou R$ 2.320
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A maioria dos deputados federais que apresentaram notas
no período de festas de fim de
ano disse entender que não havia vedação aos gastos, embora
a regra em vigor fosse clara em
limitar o reembolso unicamente às despesas de alimentação
do congressista.
O deputado Takayama (PSC-PR) declarou que a apresentação da nota à Câmara foi um erro de sua assessoria e que ele
vai devolver o dinheiro aos cofres públicos.
O deputado Paulo Roberto
Pereira (PTB-RS) não quis se
manifestar sobre o gasto na
pousada de Pirenópolis. A Mesa da Câmara está analisando a
possibilidade de pedir a cassação de seu mandato por outra
suspeita: a de que ele se apropriou de salários de funcionários. Ele nega.
O deputado Valdir Colatto
(PMDB-SC) disse não se lembrar do que foi adquirido na Cacau Show, mas que a compra foi
feita por alguém do gabinete, e
não por ele. "São centenas de
notas por mês, como você vai
analisar uma por uma? (...) Pode ter certeza: se houve a compra foi uma coisa que ocorreu e
que era possível fazer pelas
normas da Câmara."
O deputado José Mentor
(PT-SP) também argumentou
que, em sua visão, não havia vedação a gastos para confraternização. "Naquela ocasião, a
norma permitia, tanto é que pagaram, e glosaram as bebidas,
porque as bebidas não eram
permitidas."
O deputado João Carlos Bacelar (PR-BA) disse que o gasto
na loja de bebidas e cestas de
Natal, que segundo ele foi para
a contratação de um bufê, era
legal. "Depois do ato [de abril,
que alterou regras da verba]
não pode mais pagar alimentação em Brasília. Podia antes. Isso tem custo. Você não faz um
evento desses sem um bufê".
O deputado Augusto Farias
(PTB-AL) não quis dar explicações sobre a conta em um restaurante peruano. "Pergunta à
Câmara por que pagou a minha
nota. Se está errado, [a Câmara]
pagou errado. Se está certo, é
porque pagou certo".
Os deputados Jofran Frejat
(PR-DF) e Pedro Novais
(PMDB-MA) não responderam
aos questionamentos encaminhados a seus assessores.
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