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ORÇAMENTO
Governador critica repasse de R$ 5,2 bi aos Estados em 2005, mas não quer criar dificuldades para o Planalto
Alckmin reclama, mas aceita acordo da União
CARLOS IAVELBERG
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), declarou
ontem que o valor de R$ 5,2 bilhões que o governo federal repassará aos Estados no próximo ano
-com a finalidade de compensar
as perdas com a desoneração da
exportações- não o agradou.
Os governadores de seis Estados
(SP, MG, RS, MT, PA e BA) reivindicaram R$ 9 bilhões a título de
compensação pelas perdas na arrecadação do ICMS, mas, na semana passada, concordaram com
o valor sugerido pelo relator do
Orçamento, o senador Romero
Jucá (PMDB-RR).
"Não posso dizer que é do agrado, mas acordo se cumpre", afirmou Alckmin na manhã de ontem durante visita à Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo, onde
assinou a liberação de R$ 5 milhões para a instituição.
O governador afirmou que, como a Lei Kandir, de 1996, responsável pela criação desse fundo de
compensação, não estabeleceu
um valor para o repasse, "todo
ano é essa dificuldade".
"E o governo, o que é que fez?
Ele mandou o Orçamento para o
Congresso com zero [reais]. Aí, o
relator tem de criar receita. Se tivesse mandado o fundo com R$ 5
bilhões, você teria uma discussão.
Agora mandar com zero, aí tem
de passar de zero para R$ 5,2 [bilhões]. Essa é a dificuldade."
Perdas
O governador disse ainda que
Estados e municípios saem perdendo com o acordo. "É claro que
o maior ônus ficou com Estados e
municípios, que são a parte mais
fraca na Federação. Mas, enfim, é
o que foi possível."
Apesar das reclamações, o governador de São Paulo disse que
não pretende criar dificuldades
para o governo federal. "Vamos
cumprir [o acordo que definiu o
valor de R$ 5,2 bilhões]."
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