São Paulo, terça-feira, 29 de dezembro de 2009

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Exército restringe acesso a praias em suas áreas

DA SUCURSAL DO RIO

Vazias a maior parte do ano, duas praias do Exército em fortes de Niterói geram renda. Os interessados em frequentar as praias do Imbuí e do Rio Branco têm de ser indicados por general ou oficial superior (major, tenente-coronel e coronel) e pagar R$ 400 por ano.
Militares que não são lotados nos fortes niteroienses também pagam, mas só a metade, além de R$ 50 por dependente.
As praias, que costumam lotar no verão e fins de semana ensolarados, são geralmente limpas, pois ficam fora da baía de Guanabara, têm segurança e estacionamento gratuito, além de bar e restaurante.
O Exército não revela quanto arrecada com a cobrança.
No Rio, existem também praias militares exclusivas. Na Fortaleza de São João (Urca, zona sul), cobrava-se R$ 230 para uso de duas praias, mas novas concessões foram suspensas, por excesso de credenciados. Também era necessário ser abonado por um militar.
A praia de Dentro, poluída, é voltada para a baía de Guanabara. Mais limpa, embora nem tanto, a praia de Fora fica em frente à entrada da baía.
Na restinga da Marambaia, a restrição de acesso preservou a praia, livre de poluição. Há trechos de banho permitido a convidados de militares e a credenciados previamente. Na praia do Forte de Copacabana, o banho é restrito até a militares.
As Forças Armadas atribuem as restrições à presença de tropas e armamentos nos quartéis e à necessidade de proteger ecossistemas.
O presidente da entidade preservacionista Centro Comunitário da Orla da Baía de Niterói, José de Azevedo, considera um contrassenso a venda de espaços para eventos variados. "Acho que as praias tinham de ser abertas, mas admito ser uma questão complicada. Mas, nas festas, qualquer um entra, não há controle."


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