|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Exército restringe acesso a praias em suas áreas
DA SUCURSAL DO RIO
Vazias a maior parte do ano,
duas praias do Exército em fortes de Niterói geram renda. Os
interessados em frequentar as
praias do Imbuí e do Rio Branco têm de ser indicados por general ou oficial superior (major, tenente-coronel e coronel)
e pagar R$ 400 por ano.
Militares que não são lotados
nos fortes niteroienses também pagam, mas só a metade,
além de R$ 50 por dependente.
As praias, que costumam lotar no verão e fins de semana
ensolarados, são geralmente
limpas, pois ficam fora da baía
de Guanabara, têm segurança e
estacionamento gratuito, além
de bar e restaurante.
O Exército não revela quanto
arrecada com a cobrança.
No Rio, existem também
praias militares exclusivas. Na
Fortaleza de São João (Urca,
zona sul), cobrava-se R$ 230
para uso de duas praias, mas
novas concessões foram suspensas, por excesso de credenciados. Também era necessário
ser abonado por um militar.
A praia de Dentro, poluída, é
voltada para a baía de Guanabara. Mais limpa, embora nem
tanto, a praia de Fora fica em
frente à entrada da baía.
Na restinga da Marambaia, a
restrição de acesso preservou a
praia, livre de poluição. Há trechos de banho permitido a convidados de militares e a credenciados previamente. Na praia
do Forte de Copacabana, o banho é restrito até a militares.
As Forças Armadas atribuem
as restrições à presença de tropas e armamentos nos quartéis
e à necessidade de proteger
ecossistemas.
O presidente da entidade
preservacionista Centro Comunitário da Orla da Baía de
Niterói, José de Azevedo, considera um contrassenso a venda de espaços para eventos variados. "Acho que as praias tinham de ser abertas, mas admito ser uma questão complicada.
Mas, nas festas, qualquer um
entra, não há controle."
Texto Anterior: Com festas e visitas, fortes do Rio passam a gerar lucro Próximo Texto: Estrutura da Funai vai mais do que dobrar Índice
|