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São Paulo, domingo, 30 de março de 2003

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Aposentadorias em 2003 na UFRJ já superam 2002

DA SUCURSAL DO RIO

Nas duas maiores universidades públicas do eixo Rio-São Paulo, o efeito do debate sobre a reforma da Previdência foi diferente. Enquanto na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) houve um aumento significativo nos pedidos de aposentadoria, na USP (Universidade de São Paulo, estadual) os números indicam, até o momento, um clima mais tranquilo.
Na UFRJ, o número de aposentadorias concedidas neste ano até sexta-feira passada era de 69. Além disso, havia 34 pedidos de professores sendo analisados pela universidade.
Os números preliminares até março já são superiores ao total de aposentadorias no ano passado, que foi de 52. Se continuar no mesmo ritmo, o total de aposentadorias pode ultrapassar o número verificado em 1995, quando 211 professores se aposentaram com medo de mudanças na Previdência, na época discutidas pelo governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Na USP, até agora, a situação é bem menos preocupante, pelo menos entre os professores. O número de aposentadorias dessa categoria até sexta-feira passada era de 14. No ano passado, foram concedidas pela universidade 59 aposentadorias, o que dá uma média de quase cinco por mês.
Apesar de não ter havido uma corrida às aposentadorias na USP, o diretor de recursos humanos da universidade, Adnei Andrade, diz estar preocupado.
"Os professores estão ainda observando. Temos hoje cerca de 20% de nossos professores em condições de se aposentarem neste ano. Nossa preocupação é que, caso haja muitas modificações na reforma, aconteça uma corrida pelas aposentadorias", diz o diretor de recursos humanos.
Na sua avaliação, essa corrida seria prejudicial à universidade porque os professores que deixariam de dar aulas seriam mais experientes do que os que ingressariam para repor essas vagas.
O temor de uma corrida às aposentadorias na USP e na UFRJ é explicado pelos números. As duas universidades tiveram um aumento no número de pedidos de aposentadorias entre 1995 e 1998, período em que a reforma da Previdência esteve na pauta do governo FHC.
Na UFRJ, a média anual de aposentadorias de 1995 a 1998 foi de 168, contra 47 de média anual de 1999 a 2002. Na USP, essa média foi de 159 de 1995 a 1998 e depois caiu para 38 de 1999 a 2002.


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