São Paulo, terça-feira, 30 de março de 2004

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Leia a íntegra da nota divulgada pelo publicitário

"Entendo que a Folha cumpriu corretamente o seu papel, ao noticiar que algumas imagens da propaganda feita sobre o programa de Agricultura Familiar não retratavam beneficiários diretos do projeto. Como a peça é de responsabilidade de minha agência, quero dizer que recebo esse tipo de questionamento como uma positiva contribuição, pois permite o aperfeiçoamento do trabalho de minha equipe. Em respeito a essa Folha e a seus leitores, quero apenas transmitir algumas informações:
1) Assim que fui informado sobre o incidente, sugeri a suspensão imediata da veiculação da peça, para que fosse refeita com as imagens de beneficiários concretos do programa;
2) Pedi explicações à produtora encarregada da captação das imagens, um prestador de serviço terceirizado. A produtora alegou ter escolhido a propriedade citada pela Folha apenas como cenário de locação. Segundo o fornecedor, como o texto não afirma em nenhum momento que se tratava de um beneficiário do programa, levou em conta apenas o critério de produzir imagens de qualidade com o menor custo possível, por se tratar de peça paga com dinheiro público;
3) Embora entenda que a produtora não agiu de má fé e reconheça que exijo mesmo os menores orçamentos, especialmente quando o dinheiro em questão é público, buscando sempre alternativas eficientes e mais baratas, determinei à produtora que refaça as imagens com beneficiários do programa, arcando com todos os custos. Deixei claro que, em caso de reincidência, a produtora será descredenciada de minha rede de fornecedores. Demitirei também os encarregados pela produção da peça;
4) Não quero, com isso, abrir mão de minha responsabilidade no caso. Como presidente da empresa, a responsabilidade é toda minha. Mas entendo que é preciso deixar claro, com atitudes, que os critérios de produção da propaganda governamental têm que ser ainda mais rigorosos que os da publicidade privada;
5) É importante também fazer algumas distinções. As informações apresentadas no comercial são rigorosamente verdadeiras. O programa verdadeiramente existe. Os números citados, também. Em nenhum momento, é dito que aquela propriedade específica foi beneficiada ou que seus trabalhadores integravam o programa;
06) Isso não desmerece o questionamento da Folha. Houve uma falha, sem dúvida nenhuma, mas não uma mentira. Erros acontecem e atingem inclusive jornais, todos os dias. O importante, nesses casos, é reconhecer o erro, corrigi-lo e impedir que aconteça novamente. É isso que já fiz e me comprometo a fazer sempre.
Duda Mendonça"


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