|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CONTEMPLAÇÃO
Restauração custou R$ 716 mil, mas acervo não ganhou mais publicações
Biblioteca é reaberta sem livros novos
JULIA DUAILIBI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Num momento em que o governo discute o aumento dos
gastos públicos, o Palácio do
Planalto consumiu R$ 716 mil
para reformar a biblioteca da
Presidência da República. Não
houve nada destinado para a
compra de novos livros.
A biblioteca, localizada em
um anexo do palácio, passava
por uma reforma desde dezembro. A primeira-dama Marisa
Letícia foi à inauguração.
Ganhou novo piso e teto, sistema de prevenção a incêndio e
espaço físico "reorganizado". Só
com a aquisição de mobiliário
foram gastos R$ 319.348.
O acervo, no entanto, continuou o mesmo. "A idéia não é
comprar [livros]. Nunca esteve
no nosso plano comprar livro
neste momento. A idéia foi a recuperação das instalações, do
espaço físico e das condições de
utilização da biblioteca", afirmou Swedenberger Barbosa, secretário-executivo da Casa Civil.
Há hoje no espaço 33 mil volumes. Desses, 19 mil são livros. O
Planalto diz que a biblioteca é
especializada em Legislação, direito administrativo e constitucional e ciência política.
Uma consulta mostra quão
eclética é a biblioteca. Há, por
exemplo, dois livros de Paulo
Coelho ("As Valkírias" e "O Alquimista") e nenhum do poeta
português Fernando Pessoa.
Há duas biografias de Lula e
30 obras do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Barbosa disse que o investimento em livros será analisado.
Sobre os gastos, afirmou: "Gastamos e vamos gastar mais. O
problema do dinheiro público é
que deve ser bem gasto e bem
explicado". O local é aberto ao
público, mediante cadastro.
Texto Anterior: Outro lado: Associação nega machismo e abuso de sigilo Próximo Texto: Questão indígena: Anistia diz que governo não cumpriu promessas de 2002 e que repete erros Índice
|