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Marta sobe e divide liderança em São Paulo com Alckmin
Petista tem 29% das intenções de voto, contra 28% do tucano e 13% de Kassab
Na pesquisa espontânea, sem a sugestão de nomes,
a ex-prefeita subiu de 7%,
em novembro, para 15%; Alckmin foi de 4% para 8%
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Candidata do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra Marta Suplicy (PT) subiu
quatro pontos percentuais e lidera -empatada com o tucano
Geraldo Alckmin- a corrida
pela Prefeitura de São Paulo,
revela pesquisa Datafolha. Até
fevereiro em ligeira desvantagem, a ex-prefeita conta hoje
com 29% das intenções de voto
contra 28% de Alckmin.
O instituto ouviu 1.089 pessoas nos dias 25 e 26 de março.
Em comparação à pesquisa anterior -realizada no dia 14 de
fevereiro-, Alckmin sofreu
uma oscilação negativa de um
ponto. Marta, por sua vez, passou de 25% para 29%.
Nesse cenário, que inclui os
ex-prefeitos Paulo Maluf (PP) e
Luiza Erundina (PSB), o prefeito Gilberto Kassab (DEM) tem
13% da preferência -uma variação positiva de um ponto em
comparação a fevereiro.
Maluf tem 8% e Erundina,
7%. Votos nulos e em branco
somam 7%.
Marta divide a liderança com
Alckmin nos quatro cenários
apresentados. Como a margem
de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos,
em fevereiro os dois estavam
tecnicamente empatados.
Agora, ressalta o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, "há um rigoroso empate entre os dois".
"Nas pesquisas anteriores,
não era tão claro. Havia uma leve vantagem de Alckmin. Hoje,
não existe mais", afirma Paulino, acrescentando que, "se a
eleição fosse hoje, não seria
possível fazer um prognóstico".
Segundo Paulino, a tendência de crescimento de Marta
pode ser expressa na evolução
da pesquisa espontânea (sem
apresentação dos nomes dos
potenciais candidatos).
Em novembro, ela aparecia
com 7% da preferência, enquanto Kassab contava com
10%. Agora, quatro meses depois, ela tem 15% contra 11% do
prefeito. Em comparação com
fevereiro, ela passou de 10% para 15%. De novembro para cá,
Alckmin passou de 4% para 8%.
"Esse crescimento revela que
a exposição que a ministra teve
no intervalo de duas pesquisas
deu resultado", avalia Paulino.
Ainda segundo o Datafolha,
Marta teve uma variação positiva em todos os segmentos de
eleitores em comparação a fevereiro.
O crescimento mais significativo aconteceu entre os eleitores com renda familiar mensal superior a dez salários mínimos. Marta passou de 15% para
24%, um aumento de nove pontos percentuais.
Também com 24%, Kassab
teve a mesma variação (de nove
pontos) entre esse eleitorado.
Foi nesse estrato que Alckmin
registrou sua maior queda: 12
pontos. Em fevereiro, o tucano
tinha 40% entre os eleitores
com renda familiar superior a
dez mínimos. Agora, tem 28%.
Marta teve uma variação positiva de quatro pontos entre os
entrevistados com renda de
cinco a dez mínimos. Alckmin,
uma oscilação negativa de três
pontos percentuais.
A pesquisa também registra
uma aumento significativo -de
oito pontos percentuais- de
Marta entre os eleitores com
nível médio de escolaridade.
Nesse segmento, ela passou de
26% para 34%.
Alckmin, por sua vez, sofreu
uma queda de cinco pontos, de
32% para 27%.
Em comparação a fevereiro,
a petista também apresenta um
crescimento de seis pontos entre os eleitores de 16 a 24 anos,
faixa em que tanto Kassab como Alckmin tiveram uma queda de cinco pontos.
O Datafolha apresentou outros três cenários. Sem Paulo
Maluf, Marta aparece com 30%
das intenções contra 29% de
Alckmin. Nesse quadro, Kassab
tem 15% de preferência e Erundina, 9%.
Num terceiro quadro -agora, sem Erundina- Marta
(30%), Alckmin (29%) e Kassab
(15%) repetem os mesmos índices do cenário anterior. Só que
é Maluf que aparece com 9%.
Num quarto cenário, sem
Erundina e Maluf, Alckmin e
Marta têm 32% cada um. Kassab, 17%.
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