São Paulo, domingo, 30 de março de 2008

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Marta sobe e divide liderança em São Paulo com Alckmin

Petista tem 29% das intenções de voto, contra 28% do tucano e 13% de Kassab

Na pesquisa espontânea, sem a sugestão de nomes, a ex-prefeita subiu de 7%, em novembro, para 15%; Alckmin foi de 4% para 8%

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra Marta Suplicy (PT) subiu quatro pontos percentuais e lidera -empatada com o tucano Geraldo Alckmin- a corrida pela Prefeitura de São Paulo, revela pesquisa Datafolha. Até fevereiro em ligeira desvantagem, a ex-prefeita conta hoje com 29% das intenções de voto contra 28% de Alckmin.
O instituto ouviu 1.089 pessoas nos dias 25 e 26 de março. Em comparação à pesquisa anterior -realizada no dia 14 de fevereiro-, Alckmin sofreu uma oscilação negativa de um ponto. Marta, por sua vez, passou de 25% para 29%.
Nesse cenário, que inclui os ex-prefeitos Paulo Maluf (PP) e Luiza Erundina (PSB), o prefeito Gilberto Kassab (DEM) tem 13% da preferência -uma variação positiva de um ponto em comparação a fevereiro.
Maluf tem 8% e Erundina, 7%. Votos nulos e em branco somam 7%.
Marta divide a liderança com Alckmin nos quatro cenários apresentados. Como a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, em fevereiro os dois estavam tecnicamente empatados.
Agora, ressalta o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, "há um rigoroso empate entre os dois".
"Nas pesquisas anteriores, não era tão claro. Havia uma leve vantagem de Alckmin. Hoje, não existe mais", afirma Paulino, acrescentando que, "se a eleição fosse hoje, não seria possível fazer um prognóstico".
Segundo Paulino, a tendência de crescimento de Marta pode ser expressa na evolução da pesquisa espontânea (sem apresentação dos nomes dos potenciais candidatos).
Em novembro, ela aparecia com 7% da preferência, enquanto Kassab contava com 10%. Agora, quatro meses depois, ela tem 15% contra 11% do prefeito. Em comparação com fevereiro, ela passou de 10% para 15%. De novembro para cá, Alckmin passou de 4% para 8%.
"Esse crescimento revela que a exposição que a ministra teve no intervalo de duas pesquisas deu resultado", avalia Paulino.
Ainda segundo o Datafolha, Marta teve uma variação positiva em todos os segmentos de eleitores em comparação a fevereiro.
O crescimento mais significativo aconteceu entre os eleitores com renda familiar mensal superior a dez salários mínimos. Marta passou de 15% para 24%, um aumento de nove pontos percentuais.
Também com 24%, Kassab teve a mesma variação (de nove pontos) entre esse eleitorado. Foi nesse estrato que Alckmin registrou sua maior queda: 12 pontos. Em fevereiro, o tucano tinha 40% entre os eleitores com renda familiar superior a dez mínimos. Agora, tem 28%.
Marta teve uma variação positiva de quatro pontos entre os entrevistados com renda de cinco a dez mínimos. Alckmin, uma oscilação negativa de três pontos percentuais.
A pesquisa também registra uma aumento significativo -de oito pontos percentuais- de Marta entre os eleitores com nível médio de escolaridade. Nesse segmento, ela passou de 26% para 34%.
Alckmin, por sua vez, sofreu uma queda de cinco pontos, de 32% para 27%.
Em comparação a fevereiro, a petista também apresenta um crescimento de seis pontos entre os eleitores de 16 a 24 anos, faixa em que tanto Kassab como Alckmin tiveram uma queda de cinco pontos.
O Datafolha apresentou outros três cenários. Sem Paulo Maluf, Marta aparece com 30% das intenções contra 29% de Alckmin. Nesse quadro, Kassab tem 15% de preferência e Erundina, 9%.
Num terceiro quadro -agora, sem Erundina- Marta (30%), Alckmin (29%) e Kassab (15%) repetem os mesmos índices do cenário anterior. Só que é Maluf que aparece com 9%.
Num quarto cenário, sem Erundina e Maluf, Alckmin e Marta têm 32% cada um. Kassab, 17%.


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