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Presidente de entidade é filiada ao PT
DA REPORTAGEM LOCAL
Líder da greve na rede estadual de ensino, a presidente da Apeoesp (Sindicato dos
Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo),
Maria Izabel Noronha, enfrenta resistência dentro da
entidade por tê-la transformado, nas palavras de opositores, em "braço do PT". Para
eles, questões educacionais
ficaram em segundo plano.
Os defensores de Bebel,
como a sindicalista é chamada, negam a afirmação. Dizem que a direção da entidade tem membros de diversos
partidos e que a prioridade é
a melhoria das condições de
trabalho dos professores.
Formada em letras pela
Universidade Metodista de
Piracicaba, Bebel está em seu
segundo mandato na presidência -o primeiro foi entre
1999 e 2002. Ela é filiada ao
PT e é da corrente chamada
Articulação Sindical, ligada à
CUT, que comanda o sindicato desde a década de 80.
"Não há problema ter partido. O problema é transformar o sindicato num braço
do governo", disse José Geraldo Corrêa Jr., da corrente
Oposição Alternativa Conlutas, ligada ao PSTU.
"Sempre fomos contra a
política de avaliar professores. O FHC não conseguiu
implementar. Mas, como o
ministro Fernando Haddad
[Educação] é favorável, a
ideia avançou nos governos
Lula e Serra. Essa corrente
rebaixou o sindicato", disse.
"Não defendemos nenhum partido. No governo
da Marta [Suplicy], por
exemplo, fizemos fortes protestos contra o fechamento
de escolas", diz Carlos Ramiro de Castro, antecessor de
Bebel. A Folha não conseguiu contatar a sindicalista.
Além de presidir a
Apeoesp -que possui cerca
de 170 mil sócios, numa rede
de 230 mil professores-, Bebel é membro do Conselho
Nacional de Educação, cujos
membros são indicados pelo
governo federal. Um membro do órgão afirmou que ela
tem grande habilidade para
defender suas posições.
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