DA REPORTAGEM LOCAL

A Fundação Cesgranrio, responsável pela aplicação da Prova Brasil, afirmou que boa parte dos erros cometidos na tabulação dos dados do exame ocorreu porque os alunos da 4ª série, que têm entre 9 e 10 anos, tiveram dificuldades para preencher o gabarito da prova.
Na edição de quinta-feira, a Folha mostrou que o Ministério da Educação reviu algumas notas da Prova Brasil, divulgadas em junho de 2006. A Cesgranrio ganhou a licitação para a aplicação e correção do exame.
Com a alteração, a rede municipal de São Paulo, que era 20ª no ranking de capitais em matemática e 21º em português na quarta série, subiu para a 12º posição em ambas as listas.
Também houve alteração dos desempenhos na prova das redes de Porto Alegre, Belo Horizonte, Porto Velho e Boa Vista.
De acordo com o Inep (instituto de pesquisas do MEC), em mais de 95% das provas os resultados foram mantidos.
Segundo a coordenadora de avaliação da Cesgranrio, Nilma Fontanive, os alunos de quarta série tiveram dificuldades de preencher o gabarito da prova. "Se a criança passou um pouco do quadradinho, o software duplicou a resposta dela."
Fontanive declarou também que a revisão foi feita porque 900 escolas reclamaram de seus resultados. Além disso, segundo ela, a releitura já era prevista pela própria fundação.
"O problema ocorreu, nós revisamos e o Inep teve a coragem de mudar [os dados]", disse a coordenadora. Fontanive, entretanto, não soube explicar porque algumas cidades tiveram alterações mais acentuadas, como foi o caso da cidade de São Paulo e outras capitais.
(FÁBIO TAKAHASHI)


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