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Justiça decide bloquear bens de Álvaro Lins
DA SUCURSAL DO RIO
Os bens que, segundo a Polícia Federal e a Procuradoria Regional da República no
Rio pertencem ao deputado
estadual Álvaro Lins, do
PMDB, foram seqüestrados
pela Justiça sob a acusação
de terem sido comprados para lavagem de dinheiro.
A prisão do ex-chefe da polícia do Rio só foi possível
porque a PF identificou flagrante de lavagem de dinheiro, que é crime inafiançável.
Essa é a condição para ele,
que tem foro privilegiado por
ser deputado, ser preso.
Um dos advogados de Lins
disse que desconhece todas
as acusações que pesam contra o deputado. Segundo ele,
Lins reagiu à prisão com
tranqüilidade por ter certeza
de sua inocência.
A PF aproveitou que a decisão judicial falava em "situação flagrancial" de lavagem de dinheiro e ocultação de bens para dar voz de prisão ao delegado, ao fim de
cerca de duas horas e meia de
busca e apreensão no apartamento onde vive, em Copacabana. Seu gabinete na Assembléia também foi alvo de
busca e apreensão.
A conta do IPTU do apartamento está em nome da
avó de Sissy; a de luz em seu
nome; e a de internet em nome de um terceiro. Foram
apreendidos ainda papéis relativos a uma casa em Itaipava (Petrópolis) em nome de
outra pessoa, mas com IPTU
e outras contas pagos por ele.
Nascido na Paraíba, Lins
chegou criança ao Rio, onde
foi morar em Bangu, bairro
da zona oeste cuja contravenção era dominada pelo
bicheiro Castor de Andrade,
tio de Rogério Andrade e
genro de Fernando Iggnácio.
Quando a fortaleza do jogo
do bicho de Castor foi estourada, no início da década de
90, Lins -então oficial da
PM- apareceu na "lista do
bicho", com nomes e valores
de propinas pagas a policiais.
Primeiro lugar em concurso para a PM e para delegado
da Polícia Civil, trabalhou
como oficial militar de 95 a
98 enquanto recorria à Justiça para entrar na Polícia Civil. Nomeado delegado em
98, virou chefe da corporação sob Garotinho em 2000.
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