São Paulo, sexta-feira, 30 de maio de 2008

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NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Inundação e queda

"Mais uma", anunciou a manchete de Folha Online e outros sites, depois rádios etc. Era a agência Fitch com o novo "grau de investimento". A Bolsa até deu "repique logo após o anúncio, mas o investidor seguiu na ponta vendedora", estranhou o Valor Online.
No exterior, a Reuters noticiou desde Nova York, sublinhando que a segunda nota era obrigatória para os "investidores mais conservadores". E o "Financial Times" avisou, iniciando o texto, que "abre o caminho para a potencial inundação dos grandes investidores institucionais". A Bolsa caiu, Ok, "mas não se deve perder de vista que o mercado global está em crise".

CHINA VEM AÍ
O regulador do setor bancário na China falou à Bloomberg que também os fundos de investimento chineses estão à procura de mercados menos afetados pela crise. "Devem buscar melhores retornos diversificando para ações de recursos naturais", afirmou Li Fuan, o regulador, adiantando Brasil e Austrália como "as melhores apostas".

MÉXICO PARA TRÁS
A nova "Economist" diz que a Bolsa mexicana decidiu seguir a Bovespa e abrir capital. Mas o texto destaca que o "México luta para não ficar para trás do Brasil" com objetivos "anões" diante do que foi levantado por aqui. Diz que sua Bolsa é "muito mais limitada" em opções. A "melhor esperança" estaria em se unir logo a alguma "da América".

ACIMA DA CAMADA DE SAL
Passando das 20h de ontem, apareceu pela Reuters no exterior e pelo Valor Online a notícia de que a "Petrobras encontra petróleo leve na bacia de Santos". E não apenas leve, mas "acima da camada de sal" e "lâmina d'água de 235 metros". Curiosamente, desta vez mal ecoou por aqui.

O SEGUNDO CHOQUE
Se for confirmado, o achado da Petrobras estraga a nova "Economist", que dá capa para o "choque" do petróleo e argumenta em favor de aceitar as conseqüências, a começar do repasse ao consumidor, porque "os novos e gigantes campos em águas profundas no Brasil não devem produzir petróleo por uma década". Acima do sal, agora, talvez.

BLOOMBERG E A CANA
E o prefeito "Michael Bloomberg, vice potencial" do democrata Barack Obama e também do republicano John McCain, saiu em defesa do etanol de cana ontem no "New York Times". Questionando Obama, McCain e o protecionismo dos parlamentares, "desafiou" o Congresso a derrubar a tarifa sobre a importação do etanol brasileiro.

O VILÃO?
"The Wall Street Journal"
Do site do "Wall Street Journal" à BBC Brasil, a FAO, da ONU, anunciou que os biocombustíveis vão ajudar a manter o preço alto dos alimentos.
A notícia vai na contramão do que o mesmo "WSJ" deu em manchete (quadro à dir.) e a agência progressista IPS confirmou ontem que se reproduz no Brasil: o maior peso na inflação global dos alimentos vem dos fertilizantes, acima até do custo com transporte, atingido pela alta do petróleo. Em um ano, o custo dos fertilizantes saltou 66% nos EUA. No Brasil, o ex-ministro Roberto Rodrigues identificou um "gargalo" que só começa a ceder daqui a dois anos.

"CONVERSA"
economist.com
A "Economist" publica, sobre a Unasul, que o desejo de integração dos sul-americanos contrasta com as compras crescentes de armamentos. Evita falar em "corrida", dá as compras como resultado do dólar fraco e do crescimento na região, mas não vê maior futuro na "conversa" de união


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@ - Nelson de Sá



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