São Paulo, quinta-feira, 30 de julho de 2009

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NELSON DE SÁ - nelson.sa@grupofolha.com.br

A América reage

Nas manchetes on-line de "Wall Street Journal" e outros, sobre relatório do banco central americano, "Livro Bege vê recessão cedendo", "sinais de melhoria econômica" e "moderação do declínio".

 

O "Financial Times" vai além e já abre campanha, em colunas e outros textos, para alertar que "Washington está levando a China muito a sério", ela é "mais frágil do que sua estridência sugere". Também "a conversa de nova moeda global é exagerada". Aliás, "notícias perturbadoras" da China levaram a salto na "aversão ao risco", derrubando "outros grandes emergentes", sublinhando Bovespa, Moscou e Mumbai.
Em destaque no noticiário da agência Bloomberg, na mesma direção, o real já caiu em reação à China e "o maior hedge fund brasileiro" apareceu dizendo que "o rali do real está perto do fim".



ESCALADA DE PRESSÃO?
washingtonpost.com
No "WP", protesto por Zelaya na capital de Honduras

O "Washington Post" publicou foto de manifestantes em defesa do deposto Manuel Zelaya para ilustrar reportagem sobre a "escalada de pressão do governo dos EUA para reinstalar o presidente". E avaliou que o cancelamento pelos EUA dos vistos do presidente do Congresso hondurenho e do juiz que assinou ato contra Zelaya "machuca particularmente a oligarquia hondurenha, cujo foco mundial de peregrinação é Miami".
No "Guardian", o colunista Hugh O'Shaughnessy não acredita e, falando em "traição", acusa a secretária Hillary Clinton de favorecer os golpistas e cobrar de Zelaya, como condição para a volta, que a estatal Hondutel não interfira nos interesses das teles americanas.

DIÁLOGO
O assessor de Lula, Marco Aurélio Garcia, pelas agências, defendeu o "diálogo" para vencer o impasse de Venezuela e Colômbia, que denunciou supostas armas venezuelanas com as Farc.
E o chanceler Celso Amorim, na Folha Online, cobrou "transparência" da Colômbia sobre seu novo acordo com os EUA, que vem causando reação da Venezuela.

ARMAS TAMBÉM
O espanhol "El País" destacou que, "consciente de que um país como o Brasil, que quer um papel importante no novo xadrez mundial, tem que ter uma consistente força de defesa, Lula adquiriu de Israel oito aviões não tripulados, o primeiro dos quais acaba de ser apresentado". Seria para uso nas fronteiras do país, "uma das dores de cabeça do presidente".



OBAMA & IOWA

Um republicano de Iowa ameaçou parar o Senado para não aprovar o novo embaixador dos EUA, que defende o etanol de cana do Brasil, e em poucas horas o jornal "Des Moines Register", também de Iowa, postou a resposta da Casa Branca. Em suma, "a administração Obama está comprometida com o desenvolvimento de nossa indústria de biocombustíveis" e, "em relação à tarifa sobre o etanol brasileiro, não tem planos de mudá-la".



GOLPE "SANEADOR"

Veja.com e outros postaram que o pedetista Cristovam Buarque, supostamente acusado de vazar as gravações da Polícia Federal contra José Sarney, e o tucano Arthur Virgílio, alvo de ameaças agora em pleno "Jornal Nacional", decidiram entrar juntos no Conselho de Ética para assim "mostrar que não temem".
Sobre a crise, o blog de Claudio Weber Abramo, da Transparência Brasil, avisa: "As repetidas demonstrações de criminalidade no ambiente político têm se refletido na manifestação de visitantes que clamam por golpe militar "saneador". A desenvoltura com que propõem o impensável é demonstração do estado terminal de desapreço que afeta os partidos, parlamentos. Desapreço que configura uma crise institucional", não política.



techcrunch.com
YAHOO, O FIM
Para o blog TechCrunch, não foi acordo. "Hoje, o Yahoo morreu como ferramenta de busca", para abrir caminho para o Bing, da Microsoft. Destaca que as ações do Yahoo caíram
US$ 2,9 bi, só ontem

CONCORRÊNCIA?

O acordo entre Microsoft e Yahoo foi destaque ao longo do dia por "FT" e demais, anunciando-se que as gigantes "se unem contra o Google" ou "em desafio ao Google" -que semanas atrás lançou sistema operacional contra o Windows, da Microsoft.
Mas não faltou quem encontrasse o lado favorável ao Google, que agora pode dizer que tem "concorrência", o que o Bing está longe de ser, hoje.


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@ - Nelson de Sá


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