SILVANA QUAGLIO
enviada especial ao Rio

O leilão da Tele Centro Sul Participações S/A durou quatro minutos e a empresa foi vendida por R$ 2,07 bilhões -um ágio de 6,15% sobre o preço mínimo, de R$ 1,95 milhão. Foram vendidas 51,79% das ações ordinárias.
"Ficamos muito contentes de pagar um ágio de apenas 6% pela companhia. É um preço justo", disse Aldo de Sario, diretor-administrativo da Stet Internacional. Essa empresa é parte do grupo Telecom Italia e faz os negócios para o grupo.
A proposta do Solpart Participações foi a única válida, já que o envelope do concorrente, da Telefónica Internacional, não pôde ser considerado pois já o grupo espanhol já havia comprado a Telesp de telefonia fixa.
O grupo Telecom Italia participou do leilão da Telebrás com formações diferentes para empresas diferentes. Para concorrer pela Tele Centro Sul -cuja área de cobertura se estende desde uma pequena área do Rio Grande do Sul até Acre e Rondonia-, os italianos escolheram um grupo de fortes investidores como parceiros.
O consórcio Solpart Participações S/A foi montado pelo banco Opportunity e reúne fundos de investimento (administrados pelo banco) e fundos de pensão, além da operadora italiana. Os fundos de pensão são: Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa Econômica Federal), Telos (Embratel), Sistel (Telebrás), Petros (Petrobrás) e Funcesp (Cesp).
A participação acionária é equilibrada e todos indicarão membros para gerir a ex-estatal.
Mas, somando as posições, os investidores nacionais terão a maioria das ações.
O grupo Telecom Italia, que tem interesse de reforçar sua presença na América do Sul, comemorou a vitória. Mas segundo Aldo de Sario, o grupo não vai parar por aí.
"A briga vai começar mesmo é agora, com a introdução da competição no mercado de telefonia brasileiro. Nós temos interesse de participar de outras regiões e dentro de dois ou três anos estaremos participando das licitações de empresas espelho e tudo mais que a lei nos permitir."



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