São Paulo, quinta, 30 de julho de 1998

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Mercado paralelo tem dias contados

da Reportagem Local

Com a privatização, o comércio de linhas telefônicas no mercado paralelo está com os dias contados. A previsão é do presidente do Sincotel (Sindicato das Corretoras de Linhas Telefônicas do Estado de São Paulo), Laércio Soares, 32.
Essa atividade, diz ele, deve continuar por mais dois anos -prazo que os consórcios têm para iniciar a instalação de novas linhas.
"O setor aposta na terceirização dos serviços telefônicos por parte dos consórcios. As lojas devem virar redes credenciadas."
Quanto ao aluguel de linhas telefônicas, Soares afirma que, nos últimos dois anos, essa área tem deixado de ser lucrativa por conta da redução dos preços das linhas.
A maioria das empresas do ramo ouvidas pela Folha concorda com a previsão do presidente do Sincotel, mas aponta queda nas vendas.
Na Carteira de Telefones, por exemplo, há dois anos eram vendidas 150 linhas por mês. Esse número caiu para 30, em janeiro de 1998, e hoje não passa de 10. "A venda de celulares e acessórios tem compensado nossas perdas", afirma José Carlos Lisboa, 49, dono.
"Estamos trabalhando com telefone celular, pager e PABX. Além disso, ministramos cursos para profissionais que cuidam do setor de telecomunicações de grandes empresas", diz Edmond Rubies, 65, diretor da Bolsa de Telefones.
A empresa vende 450 linhas por mês e aluga outras 150. Para Rubies, o mercado paralelo deve persistir por mais quatro anos.
"Os novos operadores vão levar um tempo para ampliar a rede. Até lá, o mercado livre vai continuar atendendo quem tiver urgência."
(Adriana Souza Silva e Vinícius Precioso)



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