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SAIBA MAIS
Período uniu "milagre" e auge da repressão
DA REDAÇÃO
O governo do general Emílio
Médici (1969-1974) marcou o
auge da repressão aos adversários do regime. Os "anos de
chumbo" começaram com a
crise de dezembro de 1968, sob
a gestão de Costa e Silva, que
resultou na edição do AI-5, no
fechamento do Congresso e na
cassação de 345 políticos.
Costa e Silva sofreu um derrame em 1969 e foi afastado do
cargo pelos ministros militares,
que reabriram o Congresso em
outubro para eleger Médici. Este assumiu com a oposição sob
controle e fez poucas cassações:
13 deputados estaduais, dois
prefeitos, 11 vereadores.
Na época, a economia estava
em franca expansão. É o período do "milagre" e das grandes
obras (ponte Rio-Niterói,
Transamazônica): 9,5% de
crescimento do PIB em 1969,
10,4% em 1970, 11,34% em 1971,
11,94% em 1972, 13,97% em
1973. A expansão aliviou as tensões e ampliou o apoio social
ao regime, que em 1970 obteve
uma grande vitória eleitoral.
Médici também intensificou
o combate aos grupos guerrilheiros, que tinham ampliado
suas ações após o desmantelamento das organizações civis.
Mediante a tortura, o aparelho
militar liquidou a guerrilha urbana em 1972 e a guerrilha rural do Araguaia em 1974.
A expansão econômica, porém, esbarrou na falta de matérias-primas e bens de produção, elevando a inflação. O governo de Ernesto Geisel implantou um ambicioso plano
de investimentos, custeados
por empréstimos externos, para eliminar esses gargalos. Essa
estratégia elevou bastante a dívida externa e a inflação, conduzindo à crise de 1981-1983,
que acelerou o fim do regime.
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