São Paulo, sábado, 30 de agosto de 2008

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Ciro diz que base de Lula dificilmente convergirá para um só nome em 2010

Alexandre Mendez/"Correio do Povo"
Ciro Gomes (PSB) em evento de campanha de Manuela D'Ávila (PC do B), em Porto Alegre

GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) disse ontem que dificilmente a base de sustentação do presidente Lula vai convergir para uma só candidatura à sucessão presidencial em 2010.
Em Porto Alegre, Ciro elogiou a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), a preferida de Lula para a sucessão, mas afirmou que pode disputar a Presidência pela terceira vez.
"Tendo sido candidato a presidente duas vezes [1998 e 2002] em condições hostis, estaria falseando a verdade se eu dissesse que descarto ser candidato. Agora, só não serei candidato por mim mesmo", disse, antes de participar de ato de campanha da candidata do PC do B a prefeita de Porto Alegre, Manuela D'Ávila, que é apoiada pelo PSB.
No berço político de Dilma, Ciro elogiou a ministra, mas fez referência ao fato de ela nunca ter disputado eleição. "Se a ela falta a primeira experiência eleitoral, nela sobram inteligência e generosidade."
Para Ciro, o surgimento de mais de uma candidatura na base lulista é um desdobramento da heterogeneidade dos partidos que apóiam o presidente. Segundo ele, a unificação da base tende a ocorrer com a polarização com a oposição.
Ontem Ciro também criticou as restrições impostas pela Justiça Eleitoral à propaganda eleitoral da senadora Patrícia Saboya (PDT), sua ex-mulher, que disputa a Prefeitura de Fortaleza. Ela não pode veicular imagens de Lula nem de Ciro. "É uma violência. O que a lei diz com clareza é que não se pode fazer depoimentos, não imagens. É uma situação "george-orwelliana'", disse, em referência ao escritor inglês George Orwell (1903-1950), autor de "1984", livro que descreve um fictício Estado totalitário.


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