São Paulo, domingo, 30 de agosto de 2009

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Em dez dias, cinco políticos trocam de sigla

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com a aproximação da data limite de filiação para quem quiser disputar a eleição de 2010, no início de outubro, o troca-troca partidário foi reaceso.
Na Câmara, três deputados mudaram nos últimos dez dias: Edmar Moreira (MG), ex-DEM, foi para o PR; Jairo Carneiro (BA) também saiu DEM e foi em direção ao PP; Zequinha Marinho (PA) migrou do PMDB para o PSC. No Senado, saíram do PT Marina Silva (AC) e Flávio Arns (PR). Mão Santa (PI) deve deixar o PMDB.
"A fidelidade partidária virou letra morta", diz o presidente do PPS, Roberto Freire, que não conseguiu manter o mandato do deputado Geraldo Resende (MS), agora no PMDB.
Rodrigo Maia, presidente do DEM, que perdeu quatro deputados e um senador desde que a resolução pela fidelidade partidária foi editada, cobra um endurecimento do TSE.
"Minha impressão é que o tribunal vai ser mais severo agora. Está claro que uma pessoa que descobre só agora que tem problema com o partido está querendo burlar a regra."
Relator da reforma eleitoral na Câmara, o deputado Flávio Dino (PC do B-MA) diz que, longe de mostrar a irrelevância da ideia de criar uma "janela" de 30 dias para permitir o troca-troca "o próprio Judiciário está reconhecendo a dureza da regra que estabeleceu e criando válvulas de escape", disse.
O presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, diz que pode haver casos "plenamente justificados" de troca de partidos por motivos ideológicos. "Isso porque o primeiro dever do partido político é de ter fidelidade consigo mesmo". (FZ E FS)


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