|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TODA MÍDIA
Guerra on line
NELSON DE SÁ
A "guerra fria"que Kennedy Alencar apontou, dias
atrás na Folha Online, ficou
"quente".
Não na última edição do horário eleitoral para prefeito, que foi
carregada de agradecimentos de
José Serra, Marta Suplicy, até de
Ciro Moura -e que contou com
a ausência de Paulo Maluf, quase
sem tempo.
Mas lá estava na web, ontem, o
que Serra chamou, falando aos
sites de notícias, de "baixaria" de
Marta. Do tucano:
- Ela anunciou que haveria
uma campanha sórdida. E eles
estão fazendo a campanha sórdida que se imaginava.
O tucano citou um site e um
outdoor "apócrifos".
Sua campanha, em nota divulgada no site eleitoral, afirmou
tratar-se do "jogo mais sujo e covarde já visto em eleições em São
Paulo", com o objetivo de "manchar a honra".
No fim da tarde, o próprio
Paulo Maluf, falando aos sites de
notícias e às rádios, assinou as
denúncias "apócrifas", mencionando dívidas de campanha e a
venda de uma casa.
E seu site eleitoral trouxe, com
ilustrações e textos não muito diversos do site "apócrifo" retirado
do ar horas antes, as mesmas
acusações.
O site malufista com as duas
denúncias foi parar na home do
UOL, no início da noite, já sublinhando a expectativa de uma
nova punição.
Marta Suplicy, de sua parte, se
esforçava ontem em aparentar
distância de Maluf.
Em entrevista à rádio Bandeirantes, chamou Serra de "tão nefasto quanto" Maluf.
Distante do horário eleitoral, a
"guerra quente" é parte da escalada para o debate na Globo, hoje
em horário nobre.
Ontem a emissora voltou a
anunciar a presença dos cinco
principais. Maluf inclusive, mas
não Ciro Moura, que a campanha petista afirma ser a "boca de
aluguel" de Serra.
E Maluf, no estilo costumeiro,
disse à Folha Online que não fará
"ataques pessoais":
- Só discutirei programas de
governo.
Mas avisou que o tucano "deve
explicações" e saiu espalhando
que "ele quis fraudar o Imposto
de Renda".
"O arrastão que chocou o Brasil"
De uma hora para outra, a
Globo achou uma onda de
violência no Rio.
Ontem, mostrou até cansar "o
arrastão que chocou o Brasil".
Ouviu uma moradora que "não
quis se identificar":
- O policial não fez absolutamente nada.
Para os moradores, "a gangue
assalta há dois meses". Mas "a
polícia diz não acreditar que os
assaltos sejam freqüentes".
Foi o que se assistiu desde o JN
de anteontem até o JN de ontem,
num bate-estaca de imagens e
manchetes -acrescido ainda da
morte de um bicheiro, do assalto
a um ator de novelas.
Foi o que se acompanhou no
RJTV, na rádio CBN, na Globo
On Line. Algumas reportagens
traziam, no final:
- O secretário de Segurança,
Anthony Garotinho, licenciado
para participar da campanha,
não quis comentar.
O comandante da PM surgiu
no JN apontando "estranheza,
nas proximidades das eleições".
A Globo respondeu com um sociólogo, para quem:
- Atribuir a responsabilidade
a uma armação exime a corporação da responsabilidade.
Para as calendas
Após tantos capítulos, William Bonner leu nota, ontem
no Jornal Nacional:
- Segundo o secretário do
Audiovisual, não deve dar
tempo para que a proposta de
criação da Ancinav, a Agência
Nacional do Cinema e Audiovisual, seja enviada ao Congresso ainda neste ano.
Foi depois, disse o JN, de
"um pedido de representantes
da sociedade civil".
VOTE PARA MUDAR
Reprodução
|
|
Na escalada para o debate de
hoje (CNN e Band News), John
Kerry e George W. Bush também
estão em "guerra quente", com o
inusitado recurso a Osama bin
Laden nos comerciais de ambos.
Mas a novidade nos EUA vem da estrada e da música pop.
Bruce Springsteen e outros estão na capa da nova "Rolling
Stone" para divulgar a turnê Vote for Change, contra Bush
-que estão iniciando e acaba num show em Washington.
Texto Anterior: Mídia: Comitê prepara TV pública internacional Próximo Texto: Retrato do país: Renda cai 7,4% no primeiro ano de Lula Índice
|