São Paulo, quinta-feira, 30 de setembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Computadores e internet ainda são para poucos

DA SUCURSAL DO RIO

Apesar do aumento de 11,4% de 2002 para 2003 no número de domicílios com microcomputadores, a Pnad de 2003 revela uma desigualdade marcante quando se compara o acesso segundo a classe social.
Em 2003, 15,3% dos domicílios tinham computador e 11,4% acesso à internet. Essa porcentagem varia muito de acordo com a renda. Entre os domicílios com renda acima de 20 salários mínimos, 78,3% tinham computador e 71,4% estavam conectados à internet. Nas casas com renda inferior a dez mínimos (onde moram 84,6% da população), essas porcentagens caem, respectivamente, para 8,2% e 5,1%.
Para o diretor-executivo do CDI (Comitê pela Democratização da Informática), Rodrigo Baggio, o dado mostra que o avanço do computador e do acesso à internet no país ainda está restrito às classes altas.
Se o computador ainda está longe de se popularizar, a Pnad confirma que o acesso ao telefone, principalmente celulares, continua crescendo.
A opção de ter apenas telefone celular é mais usada pelas famílias mais pobres. Em 2003, 91,3% dos 5,5 milhões de domicílios que tinham somente celular tinham renda inferior a dez salários mínimos.


Texto Anterior: Outro lado: Dados refletem ajustes feitos em 2003, diz governo
Próximo Texto: Mais casas têm rede de esgoto e iluminação
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.