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ELEIÇÕES 2006 /DEBATE
Alckmin ataca Lula e defende falta de Aécio
Candidato diz que ausência do governador de Minas em debate se deu em "circunstâncias totalmente diferentes" das de Lula
"Aécio não deve explicação, não pesa nada contra ele.
O Lula deve explicações"; mineiro afirma que presença
daria a impressão de 2º turno
THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM UBERLÂNDIA
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, criticou ontem a ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) no debate dos presidenciáveis na TV Globo, mas defendeu a estratégia no caso do
governador de Minas Gerais,
Aécio Neves (PSDB).
Falando ao lado de Aécio e do
ex-presidente Itamar Franco,
em Uberlândia (MG), Alckmin
disse que a ausência do governador mineiro no debate regional se deu em "circunstâncias
totalmente diferentes" das de
Lula. "O Aécio não deve explicação, não pesa nada contra ele.
O Lula deve explicações."
Sobre a ausência de Lula,
Alckmin disse que o petista
"mostrou que tem medo" e
"mandou recado para o eleitor
de que não está interessado na
opinião das pessoas."
Questionado pela Folha se
fazia a mesma avaliação sobre a
recusa de Aécio, o candidato do
PSDB repetiu a justificativa do
governador mineiro, que criticou o formato do debate em
Minas, para o qual foram convidados apenas os dois candidatos mais bem colocados na
última pesquisa Datafolha
-Aécio e Nilmário Miranda
(PT). "Aqui [Minas Gerais] era
quase que um debate de segundo turno", disse Alckmin.
Aécio disse que não foi ao debate por "decisão muito simples". "Minha coligação achou
que, se eu fosse ao debate, daria
a impressão de que estaria havendo um segundo turno em
Minas, pois seriam apenas dois
candidatos debatendo. E o outro candidato não se qualificou
para ir ao segundo turno."
Em nota enviada à Folha, a
TV Globo Minas informou que
representantes de todos os
partidos e coligações, inclusive
do PSDB, assinaram documento que detalhou o formato e as
regras do debate.
Campanha
Em mais um esforço para colar sua imagem a de Aécio,
Alckmin fez ontem carreata em
Uberlândia (Triângulo Mineiro), cidade visitada há uma semana pelo presidente Lula.
Após o percurso em carro
aberto, Alckmin fez rápida caminhada pelo centro de Uberlândia ao lado de Aécio, Itamar
e Eliseu Resende (PFL), candidato ao Senado na chapa do governador mineiro.
Sobre a crise do dossiê, Alckmin afirmou que o governo federal sabe qual é a origem do dinheiro apreendido com petistas e que seria usado para comprar o material contra tucanos
montado por Luiz Antonio Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas.
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