São Paulo, quarta-feira, 30 de setembro de 2009

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Painel

RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br

Alckmin sobre Chalita

No dia em que seu ex-pupilo Gabriel Chalita se filiou ao PSB e subiu o tom dos ataques a José Serra, Geraldo Alckmin resolveu romper o silêncio sobre o assunto. "Ele deveria ter continuado no PSDB. Respeito sua decisão, mas não concordo com suas críticas", afirma o ex-governador, atual secretário do Desenvolvimento e líder isolado nas pesquisas sobre a sucessão no Palácio dos Bandeirantes.
"Primeiro, porque o Serra sempre foi nosso aliado e sabe que pode contar comigo", diz Alckmin. "Segundo, porque o povo aprova e quer a continuidade do governo do PSDB em São Paulo. Assim como, mostram as pesquisas, quer uma nova Presidência tucana."



Claque. Os petistas Cândido Vacarezza, Edinho Silva, José Américo e João Antonio prestigiaram a filiação de Chalita. Depois, os dois últimos levaram o neoaliado almoçar.

Idas... Paulo Skaf, que estava com um pé no PR, voltou a conversar ontem com Márcio França, cacique do PSB paulista. As negociações entre o presidente da Fiesp e o PSB já tinham sido dadas por encerradas. Mas, com a provável permanência de Ciro Gomes na cédula nacional, a sigla decidiu dar aval à pretensão de Skaf de concorrer ao governo.

...e vindas. No PR a coisa ficou feia: a ala nacional queria fazer negócio com Skaf, mas o grupo local está acertado com o campo demotucano.

Que tal? Em mais uma reunião na qual políticos tentam agitar o previsível quadro da sucessão paulista, Edinho Silva, presidente do PT-SP, e o ministro pedetista Carlos Lupi (Trabalho) foram a Campinas convencer Dr. Hélio (PDT) a se lançar candidato.

Passar bem. O prefeito respondeu que não deixará o cargo a troco de nada, pois "Alckmin vai ganhar". Acrescentou que pensa em sair do PDT. Por fim, disse que no momento tem compromisso com um único político, o qual não hesitaria em apoiar caso disputasse o governo do Estado: Gilberto Kassab (DEM).

Minutagem. Henrique Meirelles afirmou ontem ter consultado 450 investidores em 60 dias sobre a possibilidade de comandar o Banco Central já filiado a um partido. Um curioso fez a conta: se as conversas incluíram fins de semana e duraram em média dez minutos cada, o presidente do BC dedicou pelo menos 1 hora e 15 minutos por dia a cuidar de seu futuro político.

Olha lá! O Itamaraty procurou deputados que vão a Honduras. Pediu ao grupo -com gente do PSOL ao DEM- que não tente intervir no enrosco diplomático nem tirar ninguém da embaixada.

Sir. Governistas discutiam créditos extras para ministérios quando surgiu um pedido de R$ 80 mi para a embaixada em Londres. "Deve ser para erguer o puxadinho do Zelaya", brincou um aliado.

Viés. Chamou a atenção, no relatório do TCU que resultou na paralisação de 13 obras do PAC, a ausência do Rodoanel de São Paulo, vitrine do presidenciável José Serra. Os mentores do índex são dois ministros originários do DEM: Aroldo Cedraz e José Jorge.

Visitas à Folha. Wady Jasmin, presidente da Santos-Brasil S.A., visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Antônio Carlos Duarte Sepulveda, diretor de Operações, Raquel Ogando, gerente de Comunicação Corporativa, e Inês Pinheiro Castelo, da Tree Comunicação.

Luigi Nese, presidente do Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) e da Confederação Nacional de Serviços, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Maurício Laval Pina de Sousa Mugnaini, diretor-secretário, e presidente da Fenainfo, e Dorival Jesus Augusto, assessor.


com VERA MAGALHÃES e SILVIO NAVARRO

Tiroteio

"Condeno o Zelaya por transformar nossa embaixada em seu palanque. E reprovo o governo brasileiro por nada fazer para impedi-lo de transgredir a Convenção de Genebra."

De ARTHUR VIRGÍLIO (AM), líder da bancada tucana no Senado, sobre o agravamento da crise em Honduras.

Contraponto

Muito pelo contrário

Personalidades do meio acadêmico se reuniram na noite de sexta-feira passada na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo, para homenagear o advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, que hoje será sabatinado pelo Senado para se tornar ministro do Supremo Tribunal Federal. Em seu discurso, Toffoli fez questão de elogiar um futuro colega de STF:
-O ministro Eros Grau foi meu professor, era representante dos docentes no meu tempo de estudante. E quero dizer que ele sempre votou com os alunos!
Grau imediatamente rebateu, para riso da plateia:
-Não! Os alunos é que sempre votaram comigo...


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