|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SUPREMO
É injustificável Câmara não dar notas, diz ministro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Sob o argumento de que
o caso já justifica a adoção
de "providências drásticas", o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello voltou a
determinar ao presidente
da Câmara, Michel Temer
(PMDB-SP), que cumpra a
decisão de fornecer à Folha cópia das notas fiscais
que os deputados apresentaram para justificar o uso
da chamada "verba indenizatória" no último trimestre de 2008.
Segundo o ministro, o
não cumprimento da decisão, que completou ontem
42 dias, é "injustificável" e
revela "perda de parâmetros" nos "mais diversos
setores da República".
Em 19 de agosto, o ministro concedeu liminar
(decisão provisória) a um
mandado de segurança
movido pela Folha diante
da recusa da Câmara em
permitir acesso às notas.
A Câmara não cumpriu
ainda a medida sob o argumento de que não teve
tempo hábil para fazer a
triagem e tirar cópia das
cerca de 70 mil notas fiscais. Paralelamente, entrou com recurso contra a
liminar que está na pauta
de julgamento de hoje do
plenário do STF.
"A pendência de agravo
[o recurso da Câmara] não
conduz ao menosprezo da
ordem judicial e, quando
este ocorre, tem-se prática
à margem, a mais não poder, da ordem jurídica, ensejando (...) providências
de envergadura mais drástica", escreveu Marco Aurélio em seu despacho.
Temer não se pronunciou sobre o assunto até o
fechamento desta edição.
A Folha também entrou
com mandado de segurança contra o Senado, mas o
pedido ainda não foi julgado.
(RANIER BRAGON)
Texto Anterior: Mercosul: Tasso Jereissati volta contra adesão da Venezuela Próximo Texto: Toda Mídia - Nelson de Sá: General lava as mãos Índice
|