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NA TV
Na reta final, dois profissionais
NELSON DE SÁ
COLUNISTA DA FOLHA
O formato do programa,
do "town hall meeting",
encontro com a comunidade, não
tem enraizamento histórico no
Brasil como nos EUA. Mas José
Serra e Marta Suplicy até que se
adaptaram bem.
O tucano andava demais e, de
sua parte, a petista quase trombou com ele. Mas ambos chegaram à "última chance", na descrição da Globo, com discursos mais
seguros -e nada dispostos à
agressão além da conta.
Com as perguntas dos eleitores,
o formato esfriou o conflito, preso
a detalhes administrativos. Mas
houve certa "emoção", promessa
do âncora Chico Pinheiro, no debate direto entre os dois.
A petista, de sua parte, mencionou até Gilberto Kassab -e procurou, sobretudo, deixar a marca
da descontinuidade dos CEUs e
demais programas no adversário.
O tucano insistiu na relação com
Geraldo Alckmin e buscou deixar
na prefeita a marca de não ter
avançado em saúde e outras áreas
-e de que não pode culpar para
sempre os antecessores.
Sobretudo, dirigindo-se a Marta
pelo nome, Serra chegou perto de
tirar dela a imagem de vítima, ainda assim realçada pela prefeita em
sua despedida, no final.
Marta bem que tentou, chegou
perto, mas não conseguiu chorar,
como tanto temiam os tucanos.
Serra não esmagou a oponente,
mas não era disso que precisava,
com sua vantagem. Ele até se disse
um avô. Com "netinhos".
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