DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O polêmico relógio Rolex dado de presente ao ministro José Dirceu (Casa Civil) não foi arrematado no leilão virtual do programa Fome Zero, que terminou anteontem à tarde.
Mesmo com o aviso de que se tratava de um relógio verdadeiro, houve apenas dois lances, que foram retirados na última hora. O valor mínimo do produto foi estabelecido em R$ 10 mil.
O deputado José Carlos Martinez (PTB-PR), que morreu em outubro em um acidente de avião, deu o relógio para Dirceu durante um jantar no início do ano.
O episódio gerou controvérsia, porque autoridades não podem aceitar presentes com valor acima de R$ 100. Se superar esse valor, segundo o código de conduta do governo, o presente deve ser devolvido ou doado ao patrimônio da União. Após a repercussão negativa, o ministro resolveu doar o relógio para o programa Fome Zero. Mas, quando o produto passou por avaliação para ser leiloado pela Caixa Econômica Federal, foi descoberto que se tratava de uma cópia.
À época, o deputado, então presidente nacional do PTB, disse que havia comprado o Rolex de um amigo por R$ 5.000. Depois de saber que era uma cópia, Martinez disse à Folha, em agosto, que foi à "maior joalheria de Curitiba, representante da Rolex", comprou um novo por R$ 12 mil e jogou a cópia "no mato".
Além do Rolex, foram à leilão 12 outras peças doadas ao Fome Zero. Entre elas, o produto que teve maior número de visitas no site -1.085- foi o Jipe Troller doado pela empresa Brasil Veículos e arrematado por R$ 37 mil. O lance inicial era de R$ 23.292,50.
No total, o leilão virtual arrecadou para o Fome Zero R$ 47 mil. As pessoas que arremataram os produtos terão cinco dias úteis para fazer o depósito. (LC)


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