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OUTRO LADO
Deputados negam pressão sobre Delcídio
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Carlos Wil-
lian (PMDB-MG) negaram que
tenham pressionado o presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), para que a Prece (fundação de previdência dos funcionários da Cedae) fosse retirada
da lista dos fundos de pensão
investigados pela Comissão
Parlamentar de Inquérito.
"Não houve ameaça nenhuma. O que nós fizemos foi uma
ponderação ao senador Delcídio. Dissemos que a Prece é
uma fundação estadual, controlada por uma empresa estadual, e que, portanto, não deveria estar sob o foco de uma investigação federal", disse
Eduardo Cunha.
Por esse motivo, ele primeiro
procurou Carlos Willian, pelo
fato de o deputado ser sub-relator da CPI. Pediu então que
Willian tentasse evitar a quebra
do sigilo da Prece, o que ele não
conseguiu. Assim, o deputado
recorreu ao presidente da CPI.
"Fui com ele [à reunião com o
senador], mas apenas para
ponderarmos", completou
Eduardo Cunha.
Procurada pela Folha, a Prece não respondeu as perguntas
feitas pela reportagem até o fechamento desta edição.
O deputado do Rio de Janeiro
disse que tudo o que fez foi para defender os interesses do Estado. "Todo mundo aqui [na
Câmara] me conhece, sabe que
eu defendo o meu Estado."
Na conversa com Delcídio, os
dois deputados disseram também que, caso a Prece não fosse
retirada da lista da quebra de
sigilo, a fundação recorreria à
Justiça, o que de fato ocorreu.
O STF (Supremo Tribunal
Federal) concedeu liminar à
fundação, evitando a quebra
de sigilo.
A assessoria de Carlos Wil-
lian disse que outros fundos de
pensão também recorreram à
Justiça depois da iniciativa da
Prece, o que, segundo a assessoria, demonstra que os dois
deputados estavam certos.
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