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outro lado
"Perplexos", Arruda e vice negam acusações
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em nota divulgada ontem, o
governador do DF, José Roberto Arruda (DEM), e seu vice,
Paulo Octávio (DEM), também
citado como beneficiário do esquema, negaram as acusações.
Os dois se disseram "perplexos" com as denúncias e afirmaram que Barbosa agiu de
forma "capciosa e premeditada", apresentando uma "versão
mentirosa" dos fatos para prejudicar a administração.
No texto, Arruda e Paulo Octávio afirmam que foram vítimas de um "ato de torpe vilania" e se declararam "indignados". Disseram confiar que a
Justiça vá inocentá-los e condenam "açodados juízos que,
muito mais que atingir o princípio constitucional da presunção de inocência, colocam em
risco a soberania da verdade
democrática".
O secretário de Ordem Pública do Distrito Federal, Roberto
Giffoni, disse que Arruda determinou a abertura de processo
administrativo para investigar
as denúncias feitas pelo ex-secretário Durval Barbosa.
Os processos terão como alvo, entre outros, o ex-assessor
de imprensa de Arruda, Omézio Pontes, seu ex-chefe de gabinete Fábio Simão, o ex-chefe
da Casa Civil José Geraldo Maciel e o ex-secretário da Educação do DF José Luiz Valente.
Uma segunda medida emergencial, disse Giffoni, seria submeter quaisquer pagamentos
do governo do DF e empresas
do segmento de tecnologia e informática ao crivo da Procuradoria e da auditoria.
Ele apresentou números para demonstrar que os gastos
com os R$ 480 milhões em
2005, ainda no governo de Joaquim Roriz, quando Barbosa
presidia a Codeplan e já estaria
à frente do suposto esquema
montado em benefício de Arruda, caíram para R$ 214 milhões
no ano passado.
Roberto Freire, presidente
nacional do PPS, afirmou que
não tem qualquer participação
no esquema e defendeu a saída
do partido do governo.
O secretário da Saúde, Augusto Carvalho, rechaçou as citações. Disse que instaurou
uma auditoria para apurar denúncias de contratos superfaturados e suspendeu repasses
para empresas suspeitas.
O presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente
(DEM), disse, por meio da assessoria, que, por desconhecer
as imagens, não vai comentá-las. O diretor da agência de comunicação do governo, Paulo
Pestana, afirmou que o dinheiro recebido foi por seu trabalho
durante a campanha de Arruda.
O deputado Júnior Brunelli
(PSC) disse, por meio da assessoria, que se manifestará após
ter acesso aos vídeos. A deputada Eurides Brito (PMDB) informou, por meio da assessoria,
que ainda está analisando o inquérito com seus advogados. O
ex-deputado Odilon Aires, o
presidente do Na Hora, Luiz
França, o deputado Rogério
Ulysses, o ex-administrador regional José Naves e Durval Barbosa não foram encontrados.
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