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BALANÇO
Presidente da Câmara foi o terceiro candidato mais votado no Estado de São Paulo para deputado federal
Michel Temer gasta R$ 2,43 por voto
da Reportagem Local
O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB),
foi o candidato que recebeu o
maior volume de doações entre os
deputados federais mais votados
por coligação na disputa de 4 de
outubro em São Paulo.
O peemedebista arrecadou o
equivalente a R$ 2,43 por cada um
dos 206.154 votos que lhe garantiram a reeleição.
Os dados fazem parte da prestação de contas entregue pelos partidos ao TRE (Tribunal Regional
Eleitoral) de São Paulo, conforme
determina a legislação eleitoral.
Temer foi o terceiro deputado
mais votado entre os candidatos
que disputaram a eleição pelas
principais coligações partidárias,
atrás de José Genoino (PT) e de
Rubens Furlan (PFL).
Segundo o PMDB, Temer obteve
R$ 500.000,01, aproximadamente
3,4 vezes o valor adquirido por Genoino, primeiro colocado na disputa por uma vaga na Câmara, que
arrecadou R$ 149.085,83.
A diferença é ainda maior quando a comparação é feita com Luiza
Erundina (PSB), quinta candidata
mais votada entre os integrantes
das principais coligações.
De acordo com a prestação de
contas apresentada pela ex-prefeita de São Paulo, os recursos de sua
campanha equivalem a quase um
décimo do valor contabilizado por
Temer.
Erundina arrecadou R$ 53 mil, a
menor quantia entre os cinco deputados relacionados.
O valor adquirido pela campanha do peemedebista também supera o declarado pelo candidato
do PFL, Rubens Furlan, o segundo
mais votado.
A documentação enviada ao TRE
indica que o peefelista declarou ao
tribunal arrecadação de R$
478.129, a segunda maior entre os
cinco candidatos.
Doadores
O presidente da Câmara e Furlan
foram os beneficiados com as
maiores doações isoladas de empresas -R$ 100 mil.
A quantia foi dada a Temer pela
Companhia Siderúrgica Nacional
(CSN) e a Furlan, pela empresa Filial Topografia.
Entre os doadores de Furlan, ainda destaca-se Reynaldo de Barros
Filho (PPB), deputado estadual
eleito e filho do ex-secretário municipal Reynaldo de Barros (Serviços e Obras e Vias Públicas), que
colaborou com R$ 30.629.
A contribuição das duas empresas ao PMDB e ao PFL só foi superada pela doação feita pelo petebista Celso Giglio à sua própria
campanha. Como seu único doador, Giglio fez 17 contribuições,
que variaram de R$ 0,16 a R$ 76 mil
e somaram R$ 146.269,08.
Tanto no caso de Genoino como
no de Giglio, parte das quantias arrecadas vieram da realização de
jantares de "confraternização" ou
de "adesão".
Dos R$ 474.769,08 gastos durante a eleição do petebista, R$
328.500, o equivalente a aproximadamente 69%, foram adquiridos
dessa forma.
Na campanha petista, a venda de
convites para um jantar no restaurante Fasano, um dos mais caros
de São Paulo, permitiu a arrecadação de R$ 7.050 (4,7%) de uma verba total de R$ 149.085,83.
Entre os principais contribuintes
de Genoino estão a Bolsa de Valores de São Paulo e a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), com
doações de R$ 10 mil cada.
A BM&F também aparece como
colaboradora de Temer, mas com
uma doação mais de três vezes superior à do petista - R$ 35 mil.
Na campanha de Luiza Erundina, a maior participação coube à
Contexto Propaganda, com R$ 20
mil. Das 12 doações recebidas pela
candidata, duas - em um total de
R$ 1.900- constam como "não
identificadas".
Segundo o TRE, caberá aos responsáveis pela análise do documento a solicitação de maiores informações a respeito dos doadores
das duas quantias.
Balanço
A prestação de contas de Genoino, Furlan e Temer apresentaram
diferenças de até R$ 170 entre arrecadação e despesa.
Enquanto Giglio sai da eleição
com uma dívida de R$ 71.803,43,
Luiza Erundina conseguiu um saldo positivo de R$ 34.878,48.
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