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ELEIÇÕES 2006/PRESIDÊNCIA
Lula deve anunciar hoje investimento em obras emergenciais para tapar buracos em estradas; trechos ainda não foram divulgados
Rodovias devem receber R$ 200 mi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, que se reúne hoje com diretores do DNIT (Departamento
Nacional de Infra-Estrutura de
Transportes), deverá anunciar o
investimento de cerca de R$ 200
milhões em obras emergenciais
para tapar buracos em estradas.
Ontem, técnicos do Ministério
dos Transportes e do DNIT trabalharam para definir quais trechos
seriam priorizados na liberação.
Dois trechos já são considerados consenso, ambos na região
sul de Minas Gerais: um de cerca
de 300 quilômetros na BR-354,
entre Campos Altos e Caxambu, e
um de aproximadamente cem
quilômetros na BR-265, entre São
João Del Rey e Lavras.
Segundo o ministério, até outubro foram investidos R$ 1,03 bilhão nas estradas. Também são
considerados investimentos em
2005 os restos a pagar de 2004
-R$ 650 milhões. Em 2004, foram investidos R$ 960 milhões
em estradas. O orçamento total
do ministério para investimentos
em 2005 foi de R$ 4,2 bilhões.
Boa parte dos trechos que vão
receber recursos já havia sido repassada aos Estados em 2002, no
governo FHC (1995-2002).
Concessões
O Ministério dos Transportes
está aguardando que a ANTT
(Agência Nacional de Transportes Terrestres) faça modificações
nos estudos para a concessão à
iniciativa privada de oito lotes de
trechos de rodovias federais.
As modificações foram pedidas
pelo TCU (Tribunal de Contas da
União). Ao analisar os estudos do
governo, o tribunal concluiu que
alguns dados estavam errados e
poderiam levar à cobrança de
uma tarifa de pedágio maior do
que a necessária.
O governo tenta privatizar esses
trechos -que incluem a Fernão
Dias (São Paulo-Belo Horizonte)
e a Régis Bittencourt (São Paulo-Curitiba)- desde 1999. O processo foi barrado no TCU duas vezes.
Os estudos do ministério indicam tarifa máxima entre R$ 4,70 e
R$ 5,60 para cada trecho de aproximadamente cem quilômetros.
Os investimentos das empresas
privadas que explorarão as rodovias, segundo o modelo, seriam
de cerca de R$ 14 bilhões durante
a concessão, de 25 anos.
Os oito trechos que o governo
tenta privatizar somam aproximadamente 3.000 quilômetros. O
Estado do Espírito Santo pediu
para retirar um dos trechos (o da
BR-101 que atravessa o Estado),
por discordar do modelo.
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