São Paulo, sábado, 30 de dezembro de 2006

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Governadora eleita diz que decisão do Legislativo é "custosa para a sociedade"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Em meio a uma crise econômica e política antes mesmo de assumir, a governadora eleita do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), disse ontem, depois de ter seu projeto fiscal e econômico derrubado na Assembléia Legislativa, que não se sente derrotada e que a decisão dos deputados irá gerar um custo social.
"Seria menos custoso para a sociedade se a Assembléia tivesse entendido que temos que ter mudança estrutural", disse ela, adiantando que a decisão significa o governo não ter condições de pagar todo o funcionalismo, tendo que estabelecer prioridades em um quadro financeiro desfavorável.
"A Assembléia tem autonomia e liberdade. Não quer ser co-responsável pelo aumento de impostos. Deixem, que a partir de 1º de janeiro a gente vai ter os instrumentos para fazer as mudanças com que a gente se comprometeu", afirmou ela. Yeda não disse a quais instrumentos se referia.
O presidente da Assembléia, Fernando Zachia (PMDB), é o futuro chefe da Casa Civil. Na tarde de ontem, com a divisão do PMDB, especulou-se que ele deixaria o cargo para o qual foi indicado (a exemplo do que três já fizeram), o que não ocorreu.
"Temos de procurar uma outra alternativa para enfrentar esta crise. Entendemos que o governo tem de buscar uma outra alternativa. Os partidos têm de pensar: se somos governo, somos governo para todas as situações difíceis, as ações antipáticas e difíceis. Somos governo e devemos ter coragem para sustentar medidas amargas", disse Zachia, depois da derrota ocorrida ontem.
"Não se pensa em repreender. Não é assim que se constrói o entendimento. Mas esses partidos têm de se alinhar ao governo, afinar-se. Isso ocorre com o tempo", afirmou. (LG)


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