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Governadora eleita diz que decisão do Legislativo é "custosa para a sociedade"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Em meio a uma crise econômica e política antes mesmo de
assumir, a governadora eleita
do Rio Grande do Sul, Yeda
Crusius (PSDB), disse ontem,
depois de ter seu projeto fiscal e
econômico derrubado na Assembléia Legislativa, que não
se sente derrotada e que a decisão dos deputados irá gerar um
custo social.
"Seria menos custoso para a
sociedade se a Assembléia tivesse entendido que temos que
ter mudança estrutural", disse
ela, adiantando que a decisão
significa o governo não ter condições de pagar todo o funcionalismo, tendo que estabelecer
prioridades em um quadro financeiro desfavorável.
"A Assembléia tem autonomia e liberdade. Não quer ser
co-responsável pelo aumento
de impostos. Deixem, que a
partir de 1º de janeiro a gente
vai ter os instrumentos para fazer as mudanças com que a
gente se comprometeu", afirmou ela. Yeda não disse a quais
instrumentos se referia.
O presidente da Assembléia,
Fernando Zachia (PMDB), é o
futuro chefe da Casa Civil. Na
tarde de ontem, com a divisão
do PMDB, especulou-se que ele
deixaria o cargo para o qual foi
indicado (a exemplo do que três
já fizeram), o que não ocorreu.
"Temos de procurar uma outra alternativa para enfrentar
esta crise. Entendemos que o
governo tem de buscar uma outra alternativa. Os partidos têm
de pensar: se somos governo,
somos governo para todas as situações difíceis, as ações antipáticas e difíceis. Somos governo e devemos ter coragem para
sustentar medidas amargas",
disse Zachia, depois da derrota
ocorrida ontem.
"Não se pensa em repreender. Não é assim que se constrói
o entendimento. Mas esses
partidos têm de se alinhar ao
governo, afinar-se. Isso ocorre
com o tempo", afirmou.
(LG)
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