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Promessas de
governos vão
ser conferidas
DO ENVIADO ESPECIAL A DAVOS
Os compromissos assumidos com tanta facilidade pelos governos nacionais em
reuniões internacionais passarão a ser monitorados por
uma força-tarefa criada pelo
Fórum Econômico Mundial.
O grupo elaborará e divulgará periodicamente o Relatório de Governança Global,
que avaliará "os esforços de
governos, organizações intragovernamentais e atores
não-estatais em enfrentar
problemas que vão de pobreza a doenças, de degradação ambiental a conflitos armados", conforme o comunicado da força-tarefa.
Será um tipo de ranking
que avaliará o desempenho
de todos esses atores em dez
áreas: pobreza, desigualdade, saúde e doenças, degradação ambiental, crime internacional, conflitos armados, direitos humanos, educação, acesso à tecnologia e
gerenciamento econômico.
O ranking servirá, por
exemplo, para avaliar o desempenho de governos que
se comprometem, com muita facilidade, a cumprir metas que, depois, são abandonadas ou relaxadas com a
mesma facilidade.
Tome-se o caso da pobreza. Já na Cúpula Social de
Copenhague (1995), os governantes do mundo haviam se comprometido a reduzir à metade, até 2015, o
número de pessoas vivendo
em pobreza absoluta. Na
Cúpula do Milênio (setembro passado), reafirmaram o
compromisso.
No entanto, "é difícil ver
como tal meta possa ser alcançada nas atuais condições", diz o comunicado de
lançamento do Relatório de
Governança Global.
De fato, o nível de pobreza
absoluta no planeta caiu
apenas de 28% para 24% entre 1987 e 1998.
O comitê executivo é composto, além de dirigentes do
Fórum, por representantes
de ONGs, do mundo sindical, empresarial e acadêmico. A relatora é Ann Florini,
do Instituto Carnegie para a
Paz Mundial (EUA).
(CR)
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