São Paulo, sábado, 31 de janeiro de 2004

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Chirac apelida projeto de "Fundo Lula"

DO FREE-LANCE PARA FOLHA, EM GENEBRA

DO ENVIADO ESPECIAL A GENEBRA

Apesar de algumas trocas de farpas sobre as responsabilidades e propostas de cada país para reduzir a pobreza no mundo, Luiz Inácio Lula da Silva foi amplamente elogiado durante os discursos e as entrevistas dos líderes ontem em Geneva. Por iniciativa de Chirac, o fundo mundial foi apelidado de "Fundo Lula", o que deixou Lula constrangido.
Chirac lembrou diversas vezes que Lula foi o idealizador da iniciativa e estranhou a modéstia do presidente brasileiro em assumir isso. Lula chegou a encaminhar uma pergunta feita a ele sobre as medidas novas que serão implementadas. Passou a vez a Chirac, que aceitou, mas brincou sobre o "autoritarismo" do colega ao delegar que ele respondesse.
O presidente brasileiro acabou de certa forma ofuscado pelo colega francês, que fez um discurso mais concreto, apesar de improvisado, e acabou atraindo a maior parte das perguntas.
Lula, porém, ouviu de Kofi Annan que o Brasil ainda tem muito a fazer. O presidente brasileiro havia culpado as estratégias de desenvolvimento mundial pela disseminação da pobreza no mundo. Annan citou especificamente o Brasil entre aqueles países que "precisam fazer muito mais para defender os direitos das mulheres, diminuir a corrupção e promover novos investimentos públicos e privados em Educação".
Além disso, Lula indiretamente ouviu de Chirac que os países em desenvolvimento precisam entender os interesses de outros países. Chirac também fez questão de lembrar que foi ele quem criou o grupo técnico de trabalho para arrecadação de fundo e que estaria convidando Lula e outros interessados a participar.


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