São Paulo, quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

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Painel

VERA MAGALHÃES (interina) - painel@uol.com.br

Assunto espinhoso

O governo já prepara uma blindagem para evitar que a possível CPI dos cartões corporativos se estenda ao Senado. Na pior das hipóteses, acataria a comissão na Câmara, onde tem maioria folgada e a bancada do PT é maior para defender ministros enrolados.
Na berlinda por causa do uso dos cartões corporativos, a ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial) se queixa de que ninguém no PT saiu em sua defesa. Nas tensas conversas com outros membros do governo sobre o embaraçoso episódio, reclama que sua pasta não tem recursos. Sua secretaria é a que tem menor orçamento entre aquelas vinculadas à Presidência (Políticas para Mulheres, Direitos Humanos e Pesca).

Execução baixa. Dos R$ 34 milhões previstos para a secretaria de Matilde gastar no ano passado, a União só pagou R$ 13 milhões (38%). Além disso, o maior percentual foi gasto com despesas burocráticas da pasta.

Ufa! De olho nos apuros que colegas passam para explicar suas despesas, alguns ministros comemoram o fato de não possuir o valioso cartão corporativo. Geddel Vieira Lima recebeu a oferta de um desses quando assumiu a pasta da Integração Nacional, mas recusou gentilmente.

Casa nova. Numa conversa pouco antes de tomar posse do mandato de senador, Edison Lobão Filho (DEM-MA) fechou acordo com Epitácio Cafeteira (PTB-MA) para se filiar ao PTB em fevereiro. Será o oitavo senador da sigla. O partido prometeu defendê-lo das denúncias que enfrenta.

Piada pronta. Enquanto Lobão Filho herdava a cadeira do pai, que assumiu o Ministério de Minas e Energia, uma falha no sistema elétrico deixou boa parte do gabinete da presidência do Senado, onde ocorreu o ato, às escuras.

Folião. Aldo Rebelo (PC do B-SP), que ensaia os primeiros passos para ver se faz sua pré-candidatura a prefeito de São Paulo decolar, vai desfilar por duas escolas de samba no Carnaval paulista. Uma será a Mancha Verde, ligada ao Palmeiras, seu time de coração, ao lado de Ariano Suassuna. A outra, a rival Gaviões da Fiel.

Ligações. Os consórcios escolhidos para participar da licitação das obras do PAC em favelas no Rio de Janeiro financiaram não só a campanha do governador Sérgio Cabral (PMDB) como também a de Lula. A Carioca Engenharia repassou R$ 1 milhão ao comitê reeleitoral do petista, e a OAS, R$ 1,7 milhão.

Sem prévia. O PT de Recife decidiu por consenso o candidato à sucessão municipal. Será João da Costa, secretário de Planejamento Participativo, nome do prefeito João Paulo. O deputado Maurício Rands, outro pré-candidato, abriu mão da disputa. O principal desafio do partido agora é convencer as legendas aliadas a apoiarem o escolhido. Visitas à Folha. Paulo Hartung (PMDB), governador do Espírito Santo, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Sebastião Barbosa, chefe-de-gabinete, e de Isabela Abdala, diretora executiva da FSB Comunicações.
Maria Helena Guimarães, secretária da Educação do Estado de São Paulo, visitou ontem a Folha. Estava acompanhada de Danilo Vicente, coordenador de comunicação, e de Cristina Ikonomidis, coordenadora de relações institucionais.
Maria Helena Webster, diretora da Fundação Ioschpe, visitou ontem a Folha. Estava acompanhada de Mônica Kandziolková, coordenadora de imprensa.
Zulaiê Cobra Ribeiro, presidente municipal do PHS, visitou ontem a Folha. Estava acompanhada de Antenor Braido, assessor de imprensa.

Tiroteio

"Pela lógica de Serra e Alckmin, que nunca quiseram ter FHC no palanque, a campanha à reeleição de Kassab começou mal."


Do vereador ANTONIO DONATO (PT) sobre a presença do ex-presidente em evento oficial no qual estava o prefeito de São Paulo.

Contraponto

Nobre secretário

Secretário de Subprefeituras de Gilberto Kassab (DEM) em São Paulo, Andrea Matarazzo recebeu no início do ano em seu gabinete o vereador José Rolim (PSDB).
O parlamentar já entrou na sala com um apelo:
-Barão, você precisa me ajudar!
Em seguida listou suas reivindicações. E ressaltou:
-Elas são muito importantes, barão!
O vereador repetia tantas vezes a palavra "barão" que Matarazzo resolveu interrompê-lo:
-Vereador, suas reivindicações são justas, mas saiba que eu estou um pouco acima na hierarquia da nobreza!
O secretário é descendente do Conde Matarazzo.


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