da Sucursal de Brasília

O socorro ao Banespa e o refinanciamento da dívida de São Paulo foram os maiores responsáveis por um aumento de 22,1% na dívida em títulos, ou mobiliária, da União registrada em dezembro.
Em um mês, a dívida do Banco Central e do governo federal saltou de R$ 208,353 bilhões para R$ 254,491 bilhões, segundo o BC. Em 95, a dívida era de R$ 61,782 bilhões. São Paulo, que no mês anterior tinha uma dívida em títulos no mercado que chegava a R$ 22,648 bilhões, teve a dívida zerada por conta da federalização.
O Banespa, também federalizado, voltou a fazer recolhimentos compulsórios ao BC, e elevou o volume de reservas bancárias -espécies de contas dos bancos junto ao BC- de R$ 14,873 bilhões para R$ 16,43 bilhões.
Agora, o Estado é devedor da União e terá 30 anos para quitar suas dívidas, a juros de 6% ao ano mais correção monetária, valor mais baixo que os de mercado. Em novembro Estados e municípios pagavam 35,4% de juros ao ano sobre suas dívidas.
São Paulo e seu banco foram responsáveis pela emissão de R$ 56,7 bilhões em títulos do Tesouro.
Mas nem todos esses papéis tiveram impacto no aumento da dívida federal total. Em parte, o que houve foi a troca de papéis federais. A dívida pública também foi pressionada pelo déficit da Previdência, pois o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tomou financiamento de R$ 6 bilhões, em colocação de títulos do Tesouro.



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