São Paulo, segunda, 31 de março de 1997.

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Painel


Condição peemedebista
O presidente da Câmara, Michel Temer, decidiu assumir as negociações para a convocação de um Congresso revisor em 99. Com uma condição: ``Tem de haver consulta popular. Do contrário, a revisão não se legitima''.

Visão pefelista
O líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), já redigiu a emenda que convoca o Congresso revisor para 99. Sem plebiscito. ``O eleitor votará consciente de que elegerá senadores e deputados para fazer a revisão em 99'', diz.

Cabide de empregos
Em vez de aumentar salários, como era previsto, os deputados preferiram inchar o quadro da Câmara, depois do aumento de 100% que Michel Temer aplicou sobre a verba de gabinete. Os novos contratos já chegam a 800.


Estímulo federal
O PMDB votará a reforma administrativa, prevista para terça, com uma motivação bem concreta: se a emenda passar em primeiro turno, o Planalto promete definir logo os nomes dos futuros ministros do partido.


Pista limpa
O Banco Mundial e o BID bateram o martelo com o DNER. Até maio sai o convênio de R$ 1,2 bi para a restauração de 14 mil quilômetros de estradas federais. Após a recuperação, seis mil quilômetros serão estadualizados.

A favor do dono
O Incra instruiu a Procuradoria da República a recorrer contra a avaliação de R$ 200 milhões da fazenda Araguaia (TO). Vai sobrar para o perito do juiz, que aumentou o preço das terras em pelo menos R$ 36 mi.


Nicho de mercado
Luís Eduardo pediu um estudo sobre o funcionamento da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos EUA. Especialmente sobre comércio exterior. Quer entrar na guerra internacional adotando medidas legislativas.

Tarefa gigante
Citando o Canadá como exemplo, país que demorou dez anos para consolidar e unificar as leis repetidas, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), acha que a comissão que criou deverá levar o mesmo tempo para executar a tarefa.


Aparição de risco
De olho na eleição para o governo paulista em 98, Quércia fará uma interrupção estratégica em suas andanças pelo interior, dia 4 de abril. Para testar sua popularidade na capital, em ato contra a privatização da Vale.

Saindo de fininho
Na prefeitura paulistana, aposta-se que José Roberto Ópice Blum (Administrações Regionais) não voltará quando sua licença médica terminar. Ele jogava duro com os vereadores na briga por cargos nas regionais.




Na mira
O governador Covas vai ser o principal alvo dos programas de TV do PT paulista, que vão ao ar a partir do dia 7. O partido acha que Maluf foi enfraquecido pela CPI e que terá boa chance de conquistar o governo em 98.


Jogando verde
Em tom de brincadeira, José Dirceu (PT) tem dito a amigos que, com o desgaste de Maluf na CPI dos Precatórios, ele já pensa em se candidatar ao governo paulista em 98. Quem ouve garante que não é só brincadeira.

Cachorro morto
Vetado por Antônio Britto (RS) para os Transportes, José Fogaça foi também chutado pelo PMDB da Câmara. Foi o porta-voz da ameaça dos senadores de enquadrar no Código de Ética quem votasse pela reeleição.

Guerra aos precatórios
Jungmann (Política Fundiária) instaurou sindicâncias para identificar os funcionários responsáveis pelas cinco maiores indenizações cobradas do Incra por meio de precatórios. No total de R$ 900 mi em R$ 1 bi.


Geni do ministério
O líder do PMDB, Geddel Vieira Lima, repreendeu Bresser Pereira (Administração), que admitiu o aumento no teto do salário do funcionalismo, negociado na surdina pelos líderes: ``Esse ministro é um boquirroto''.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO

De Roberto Requião (PR), relator da CPI dos Precatórios, sobre a privatização da Companhia Vale do Rio Doce:
- A venda da Vale é feita com a mesma ligeireza com que se manda reformar um avião, comprar um helicóptero ou aquecer a piscina.

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