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Rejeição cai, mas Congresso permanece mal avaliado
Datafolha mostra que 33% acham desempenho de deputados e senadores ruim ou péssimo, ante 39% da pesquisa anterior
Falta de casos de corrupção generalizada envolvendo congressistas nos últimos 30 dias ajuda a amenizar imagem da instituição
FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Congresso Nacional registrou uma pequena queda na
sua rejeição, mas continua mal
avaliado pelos brasileiros. Segundo pesquisa Datafolha, hoje
33% consideram o desempenho de deputados e de senadores ruim ou péssimo. Há um
mês, o percentual era de 39%.
Essa queda foi além da margem de erro da pesquisa, que é
de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Mas
não se pode afirmar que há uma
tendência de melhora da imagem do Congresso.
Em grande parte dos últimos
dez anos, a rejeição de deputados e de senadores flutuou na
faixa de 30% a 40%. Se ocorre
algum escândalo mais rumoroso, essa média aumenta -como
em 2009, quando surgiu a farra
das passagens aéreas e o mau
uso de verbas indenizatórias.
O mesmo comportamento se
aplica aos poucos que aprovam
o desempenho do Congresso,
considerando bom ou ótimo o
trabalho de deputados e de senadores. Desde 2004, a taxa de
aprovação varia de 11% a 19%.
Agora, está em 16%.
Não há na pesquisa Datafolha uma indicação da razão da
pequena queda na taxa de rejeição. Mas o fato de não ter ocorrido nenhum caso de corrupção generalizada no Congresso
nos últimos 30 dias ajuda a esfriar um pouco a imagem negativa da instituição.
Quando se observa o resultado estratificado, é possível
identificar quais grupos têm
uma avaliação mais condescendente dos congressistas.
Na região Sul, que costuma
ter os eleitores mais politizados
do país, uma surpresa. A taxa
dos que consideram o desempenho do Congresso ruim ou
péssimo caiu dez pontos de fevereiro para cá -a rejeição era
de 47% e recuou para 37% entre gaúchos, catarinenses e paranaenses. É a região na qual
hoje o pré-candidato a presidente pelo PSDB, José Serra,
tem seu melhor desempenho.
Mas é no Nordeste que o
Congresso tem sua menor rejeição, 26%. É entre os eleitores
nordestinos que o presidente
Lula atinge um nível de popularidade mais alto e onde a pré-candidata petista ao Planalto,
Dilma Rousseff, tem sua maior
taxa na intenção de votos.
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