UOL

São Paulo, sábado, 31 de maio de 2003

Próximo Texto | Índice

PAINEL

Panos quentes
O Planalto conseguiu derrubar o convite feito pela Câmara para que empresários acusados de envolvimento com corrupção na Prefeitura de Santo André, administrada pelo PT, prestassem depoimento à Comissão de Fiscalização e Controle.

À moda antiga
O convite, aprovado no dia 7 de maio, começou a ser derrubado quando o próprio autor do requerimento, André Luiz (PMDB-RJ) -pressionado pelo Planalto- apresentou ofício desistindo dos depoimentos. A comissão, então, fez nova votação e arquivou o caso.

Pelo silêncio
Entre os convidados a depor em Brasília estavam Sérgio Gomes, amigo do prefeito assassinado Celso Daniel, e Rosângela Gabrilli, que denunciou o suposto esquema de extorsão de empresários em Santo André.

Sincretismo político
João Paulo (PT) colocou um novo objeto de decoração no gabinete da presidência da Câmara: uma imagem de São Francisco com um tucano no ombro.

Fogo amigo
A bancada evangélica da Câmara decidiu votar a favor da emenda apresentada por Valdemar Costa Neto (PL) que limita propaganda de bebida alcoólica na TV. A decisão aumentará o trabalho do Planalto, que pretende arquivar a proposta.

Sem repasse
O Ministério da Saúde cancelou um convênio de cerca de R$ 11 milhões para a compra de equipamentos para hospitais da cidade do Rio de Janeiro. A alegação é que o ministério não aprovou os projetos técnicos apresentados pela prefeitura.

Conexão ampliada
Ciro Gomes (Integração Nacional) vai a Juazeiro (BA) na próxima semana anunciar o início da duplicação da ponte sobre o rio São Francisco que liga a cidade a Petrolina (PE).

Discurso otimista
José Dirceu (Casa Civil) e Palocci Filho (Fazenda) deverão receber uma comissão indicada pelo grupo de petistas que assinou o manifesto "crescimento já". Vão dizer que, a partir do segundo semestre, o governo dará uma guinada rumo ao crescimento e ao desenvolvimento.

Longe dos microfones
João Paulo e Aldo Rebelo pediram a Chico Alencar cópia do manifesto "crescimento já" na quinta, antes da divulgação. O presidente da Câmara e o líder do governo disseram a ele concordar com a maioria dos pontos. Mas preferiram não assinar por terem cargos "estratégicos".

Cortar gastos
O governo criou dez cargos com salários entre R$ 6.000 e R$ 8.000 para o Planalto. Os novos postos foram incluídos na tramitação da medida provisória que regulamentou a nova estrutura do governo, aprovada nesta semana na Câmara e publicada ontem no "Diário Oficial".

Agora, vai
Dos dez novos cargos, seis estarão vinculados diretamente ao gabinete de Lula. Luiz Dulci (Secretaria Geral) ganhará mais dois assessores e Luiz Gushiken (Comunicação de Governo), um. O último auxiliará o porta-voz André Singer.

Recado dado
Comentário do ministro Humberto Gomes de Barros, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), sobre Lula ter criado uma secretaria para discutir a reforma do Judiciário: "Por que não criar uma secretária de reforma do Poder Executivo?".

Visita à Folha
Cristovam Buarque, ministro da Educação, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de sua esposa, Gladys Buarque, e de Luís Jorge Natal, coordenador de Comunicação Social do MEC.

TIROTEIO

Do presidente do PPS, Roberto Freire (PE), sobre a política econômica do governo Lula:
- Não tem sentido insistir na ortodoxia e ficar condenando administrações anteriores para justificar a crise. Cabe ao governo superar os obstáculos existentes, dar uma nova orientação à economia e mostrar ao país a que veio.

CONTRAPONTO

Questão de gênero

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado discutiu dias atrás o projeto de lei do senador Hélio Costa (PMDB-MG) que obriga todas as escolas públicas brasileiras a incluir leite in natura na merenda.
O senador argumentou que muitas escolas não servem leite aos alunos ou utilizam leite de soja. Além de "prejudicar a saúde das crianças", a falta do produto prejudica a pecuária, principalmente em Minas Gerais.
E completou:
- Minas Gerais é um grande produtor de leite. Há no Estado 20 milhões de cabeças de bois para a produção de leite.
Rindo muito, um senador que ouvia o discurso corrigiu Hélio Costa:
- Boi, não, senador. Vacas. Vacas leiteiras.
Constrangido, Costa admitiu o erro:
- O senhor tem razão. Vacas...


Próximo Texto: Governo: Mudança ministerial afetará área social, diz Mercadante
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.