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Aprovação a Lula volta a patamar recorde
Governo é avaliado como ótimo/bom para 69%, índice compatível com fase anterior ao impacto da crise financeira no país
Performance do presidente na área econômica tem maior aprovação desde
2004, com 63% apontando como sendo ótima/boa
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo sob o impacto da crise
financeira, o índice de aprovação
do governo Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) voltou ao patamar
recorde atingido em novembro
do ano passado, pouco
mais de um mês após o presidente
ter afirmado que o "tsunami"
da economia internacional
chegaria ao Brasil com a
força de uma "marolinha".
Segundo pesquisa Datafolha
realizada entre os dias 26 e 28
de maio,69%dos entrevistados
classificam o governo como ótimo/bom. A administração é regular
para 24% e ruim/péssima para 6%.
Em novembro de 2008, a taxa
de aprovação do governo Lula
chegou a 70%, mas caiu para
65% em março deste ano,
quando a crise já havia afetado
a economia brasileira e o próprio
presidente reconhecido
sua gravidade para o país, apesar
de atribuí-la a "gente branca de
olhos azuis".
Em comparação à pesquisa
realizada entre os dias 16 e 19
de março, os índices de aprovação
ao governo Lula apresentam
um crescimento de cinco
pontos entre os entrevistados
com renda familiar mensal de
até dez salários mínimos.
O presidente teve seu pior
desempenho entre aqueles
com renda superior a dez mínimos.
Nesse segmento, sofreu
uma queda de sete pontos percentuais,
passando de 58% para
51% no mesmo período.
Segundo a pesquisa,Lula voltou a nota média de 7,6 alcançada
em novembro do ano passado,
a maior obtida por ele desde
que assumiu a Presidência, em
janeiro de 2003.
O diretor-geral do Datafolha,
Mauro Paulino, diz que "a queda
anterior era o efeito direto
da crise". Mas que, "com a população
mais confiante quanto
ao desempenho do governo
frente à crise, o governo recuperou
o nível de aprovação".
Ainda segundo o Datafolha,
63% dos entrevistados apontam
como ótima/boa a performance
do governo Lula na área
econômica, a melhor avaliação
desde 2004. O desempenho do
governo é regular, nesse quesito,
para 29%dos entrevistados,
sendo ruim/péssimo para 7%.
Economia
A pesquisa mostra ainda que,
em comparação a março, o brasileiro
está mais otimista.
Para 40% dos entrevistados,
a situação econômica do país
vai melhorar nos próximos meses.
Na opinião de 15%, vai piorar.
Para 41%, fica como está.
Segundo o Datafolha, 43%
acreditam que a taxa de desemprego
vai aumentar no país.Em
março, porém, esse índice chegou a 59%
dos entrevistados.
Hoje, 24% acreditam que o
desemprego vai cair e 29% afirmam que ficará como está.
De 2008 até março, 48% dos
entrevistados apostavam no
aumento da inflação. Hoje esse
risco existe para 36%. Para 43%
dos entrevistados, a inflação
"vai ficar como está", enquanto
14% acreditam numa redução.
A aposta na manutenção da
inflação nos mesmos patamares
é maior entre os entrevistados
com nível de escolaridade
superior (52%) e renda familiar
mensal de mais de dez salários
mínimos (57%).
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